segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Influência dos pais sobre as crianças (1)

Certas crianças crescem tendo uma péssima impressão a respeito de dinheiro, outras sem ter nenhuma noção sobre o assunto e algumas poucas sabendo como trabalhar com ele de forma produtiva.

Existem pais com problemas para aministrar os valores recebidos, pois também não tiveram qualquer orientação a respeito ou utilizam o consumo como forma de compensação para suas frustações. Desta forma, passam mensagens incorretas para os pequenos futuros consumidores, por exemplo:

- você acha que dinheiro dá em árvore?
- não tenho dinheiro!
- só se seu tirar dinheiro - algum lugar bem impróprio - com um pauzinho!

Com essas falas deixam patente para a criança que dinheiro é uma coisa ruim, difícil de ganhar, oriundo de locais obscuros e que não propicia nenhum prazer ao gastar. Ao mesmo tempo cedem à algumas vontades dos filhos, sempre demonstrando o sacrifício que estão fazendo e como esses filhos trazem sofrimento.

Ora, a criança chega à vida adulta com a idéia de que dinheiro é uma coisa ruim e, de tão ruim, merece ser gasto todinho em qualquer coisa, bastando livrar-se dos valores ganhos e deixar esse dinheiro bem longe do alcance de algo que possa realmente fazer a diferença em termos de qualidade de vida.

Gravado está nessas pessoas a idéia de consumo! Paga-se as contas básicas e necessárias, tornando o consumo sem freio para que ao final do mês não sobre nenhum dinheiro sujo na conta e a vida vai passando sem que nada de concreto consigam construir, muitas nem mesmo casa própria conseguem possuir e iniciam com enormes empréstimos, terminando em agiotas para conseguir mais dinheiro.

E o círculo vicioso está formado e vai passando de geração em geração!

Somente  quando surge uma pessoa diferente, o padrão é rompido com a criação de novas formas de gerenciar e lidar com o dinheiro e com o consumo, passando a ter uma relação saudável com eles. A partir daí tudo fica mais fácil e é até mais prazeroso trabalhar, receber pelo trabalho e manter um consumo consciente.

Saliento que esse é apenas um exemplo, considerando que cada pessoa é ímpar e mesmo em uma família igual à citada pode existir aquele ser que, criado com maus exemplos, tenha uma vida financeira saudável.

Pretendo com as afirmações feitas apenas alertar sobre as idéias que passamos para nossas crianças, cuja responsabilidade nos foi confiada e que merecem, no mínimo, não sentirem culpa pelos valores que os pais gastam com seu desenvolvimento.

Além disso, merecem saber que dinheiro é uma coisa boa e que pode trazer muito em termos de vida confortável e com mais possibilidade de momentos felizes, desde que todas as áreas estejam equilibradas.

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