quinta-feira, 19 de abril de 2012

Como administrar o dinheiro?

Pelo título certamente muitos pensaram que existe nesse post uma fórmula, não é mesmo? Pois é, erraram feio e somente vão encontrar um desabafo.

Ontem, fazendo a análise preliminar, conclui que esse mês minhas despesas ultrapassarão cinquenta por cento meus ganhos. Lindo, não é mesmo? Teria que ganhar 50% a mais para cobrir tudo que gastei. 

Comentei com meu filho e ele somente balançou a cabeça e disse: 

- Ainda bem que você não está comprando!

Parando para pensar, o certo é que estou investindo, logo, o que ia para compras de supérfluos está guardado, embora não com liquidez imediata, e eu nem gostaria de ter essa liquidez, porque ela leva a outros gastos desnecessários.

Como já falei em outro post, organizar dinheiro é de certa forma como organizar a vida e isso não é possível totalmente, não de um jeito imutável. Um dia chove, outro faz sol, outro tem vento, outro estresse, outro necessidades inadiáveis, ou seja, por mais que você procure manter tudo no lugar, certinho, alguma coisa vem e bagunça tudo.

Não, não estou nem um pouco preocupada com esses 50% a mais do que ganho, porque devido à organização financeira não terei que recorrer a nenhuma instituição que cobre juros, mas o que me deixou meio injuriada foi o fato de ter tanta organização e ainda assim precisar lançar mão de valores que estavam guardados para outro fim.

Muitas vezes o problema do dinheiro ou da falta dele não se deve à compulsão por compras ou descontrole da pessoa, e sim aos imprevistos que surgem a toda hora, todo momento, turbilhões de compromissos que devemos assumir decorrentes de nossa vida em sociedade e também para atender doenças, acidentes, tradições, questões de família.

Sempre resta o lado bom da vida, sua continuidade e suas inúmeras possibilidades, que permitem nunca ser tarde para começar de novo, rever conceitos e buscar novamente o equilíbrio, então vamos lá repor o prejuízo, afinal apenas terminou o primeiro trimestre e temos mais três pela frente para reprogramar o ano.

Penso que o pior período do ano é o início, esse primeiro trimestre, pois cheio de impostos, feriados, despesas com escola, acertos financeiros de compromissos anuais (como reajuste de pensão, por exemplo).

Ontem à noite já tivemos uma reunião de família e comunicado foi que somente viajaremos em julho, nas férias escolares, acaso haja disponibilidade financeira, o que é óbvio agora, mas quase fechei o pacote semana passada sem verificar a situação real.

Considerando que o povo aqui de casa sabe como funciona o controle financeiro mensal e todo mês presenciam o fechamento do mesmo, fica mais fácil e menos frustante quando não podem ter ou fazer alguma coisa.

E vamos caminhando para o mês de maio, para o segundo trimestre de cabeça erguida e na esperança de que todos os gastos maiores já tenham passado e que os imprevistos daqui para frente sejam leves.

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