terça-feira, 8 de maio de 2012

53 dias faltantes

Saí ontem caminhar com meu filho pequeno ou que acho que é pequeno, pois tem dez anos e a cabecinha funciona como se tivesse oitenta anos.

Pelo fato de discutirmos as questões financeiras para todos os efeitos, desde presentes até lanches fora de casa, ele me questionou sobre o fato de estar "sem dinheiro", fato comunicado em razão do famigerado mês de abril.

Expliquei a ele tudo que aconteceu, todos os percalços e imprevistos, ao que ele respondeu:

- Acho que você deveria começar novamente o ano sem compras, mas dessa vez sem dar nada para ninguém!

- E como você faria com as roupas e sapatos, pois eles deixam de servir logo em razão de você estar crescendo.

- Compro com o meu dinheiro (leia-se minha mesada que, conforme já falei em outro post, não representa um valor suficiente para essas necessidades).

Depois ponderei que talvez tivéssemos que adiar a viagem programada para julho e ele respondeu:

- É claro, como que você quer viajar sem dinheiro?

Verdade! Então vamos torcendo para que situação mude até as férias escolares, pois mesmo com o "ano sem compras", abril aprontou pra valer e, como também já disse por aqui, sorte não ter todas as aplicações com liquidez imediata, caso contrário a viagem sairia de qualquer jeito (rs).

Depois de toda essa conversa, fiquei pensando se deveria mesmo ter pago tudo à vista desde o início do ano (impostos, despesas médicas e odontológicas, viagens, etc) e, mesmo estando nessa situação pouco confortável, o certo é que nada há pela frente que me surpreenda.

Colocando tudo em ordem esse mês, pelo menos é o que espero, nada há atrasado para acertar. Vamos ver se continuo com esse pensamento.

Um comentário:

  1. Motivo pelo qual venho ler constantemente este blog:


    Caí aqui muito por acaso, lendo uma matéria via twitter no celular de um site sobre “um ano sem zara”. Fui lá, depois cai em “um ano sem compras” e cai no teu, por ter textos mais curtos foi esse que li e acabei achando bem produtivo.

    Posso dizer que tenho minha vida antes disso e depois disso. Agora valorizo mais as minhas compras, são bem moderadas e pensadas. Não compro mais qualquer baratilho pois aprendi na prática que isso não compensa. Ao menos pra mim. Não que eu compre só coisas caras, isso não posso fazer. Mas um meio termo. Juntar para comprar, esperar , palavras que antes não existiam no meu vocabulário depois que conheci o mágico cartão de crédito.

    Sempre fui uma pessoa que criticava o crédito e quem me falava que viajou em 12 x, etc. Falava que era um absurdo, que seria inesquecível mesmo pois todo mês teria a “lembrança” da viagem, etc. Eis que um dia caí nisso e acabei fazendo o mesmo. Pior, quando um cartão chegava ao fim, eu tinha outro. Aliás tinha “alguns”. Todos com alguma compra. Num dia resolvi cancelar vários, mas fiquei com 3. E usava ainda os 3, evidentemente não todo limite e tal, mas fazia as tais compras “burras”. Nesse momento que caí neste blog e agora atualmente estou assim:

    1cartão que era só para gasolina está zerado desde o inicio do ano. E não pretendo utilizá-lo. Só não cancelo pois não tem anuidade e está muito bem guardado. Mas a tendência é cancelar porque realmente não vou usar.

    Outro que vinha pagando só parcelas de compras anteriores (as famosas infindáveis prestações). Hoje ele está com pouquíssimas compras próximo a ficar zerado. Deixo pois para viagem internacional pode ser útil por ser o mais antigo, mas também nem sai de casa. Fica lá muito bem guardado.

    E o que uso atualmente pra tudo, inclusive se vou comprar algo parcelado é o único que me permito usar. Tem um limite exato do que recebo e se tiver compras parceladas vai reduzir o que vou comprar, e nem em pensamento posso comprar com ele qualquer coisa “maior”. Dai acho melhor que pagar em dinheiro pois ele vai juntando pontos para um dia viajar ou trocar por algum produto do catálogo daquele programa. Acho que estou caminhando para o caminho correto, mas meu sonho seria ter a mente que tem esse teu guri. Parabéns pelo filho, isso é raríssimo. Eu não tenho ainda nenhum, mas se tivesse gostaria que fosse assim!

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