terça-feira, 28 de agosto de 2012

Qualidade... Confiança... Amizade...

Não é a primeira vez, somente espero que seja a última.

As pessoas que estão no comércio ou oferecendo um serviço definitivamente não são seus amigos, apenas querem ganhar a vida e aumentar o lucro ou a comissão!

Toda regra comporta exceção? Quem sabe? E você sabe quem excepcionar? 

Com certeza tenho algumas poucas e boas pessoas que não se enquadram nessa regra, mas como são pouquíssimas, preciso redobrar meus cuidados e não mais me deixar seduzir.

Vejamos a situação.

Precisava de um produto,  procurei aquele que já havia prestado serviço semelhante e de forma magistral, perfeita e sem qualquer mácula. Recebi aquele sorriso, promessas de maravilhas e até de surpresas, isso porque o prestador sabia do item que eu mais gostava, fazendo suspense e depois finalmente abrindo o jogo dizendo que não havia colocado a "surpresa" no orçamento porque era um presente.

Nossa, que lindo! Amei e até comentei com as pessoas mais próximas da confiança que eu tinha na pessoa e na certeza de que faria tudo perfeito, pois gostava muito de mim, além de ter a garantia de pagamento conforme combinado.

Para falar a verdade, eu havia parcelado em "n" vezes com a intenção de quitar integralmente quando entregue a encomenda, pois nesses casos pagamento adiantado é atraso na entrega.

E a vida seguia equilibrada e eu confiante na minha própria satisfação com o serviço alheio.

Lição: jamais acredite em nada perfeito! Perfeição não existe quando você depende de terceiros! A perfeição somente existe nas coisas que você fizer sozinho e pela certeza de ter feito o seu melhor, mas se depender de outras pessoas nem a certeza de que fizeram o melhor pode ser a expectativa.

Resultado: o produto não ficou satisfatório, sequer a limpeza foi realizada e tudo está marcado com caneta "bic" azul, diversos defeitos em inúmeras peças e por aí vai.

Futuro: não quitei a dívida antecipadamente e não quitarei enquanto a encomenda não estiver exatamente como o combinado e no mesmo padrão daquela anteriormente entregue de forma perfeita.

Cuidado: consumo é coisa séria! Não se deixe seduzir por sorrisos! Coloque todos os detalhes no papel e quando digo todos são todos e todas as especificações e tudo mais que puder ser discriminado! Não confie apenas na palavra! Não confie em promessas, afinal seu dinheiro é muito suado para que você pague muito e não fique satisfeito.

Siga tranquilo! Seja assertivo! Tenha coragem e fale o que precise ser falado, mesmo que seja difícil como foi para mim ontem. 

Muito chato dizer tudo que foi dito para pessoa pela qual você tem grande consideração e até admiração, mas é preciso que as pessoas aprendam que não podem brincar com o consumidor e devem manter a qualidade sempre. Acaso não possam manter a qualidade com o orçamento apresentado devem ser sinceras e até aumentar o valor, mas jamais apresentar serviço que não satisfaça!

E como tudo tem seu lado bom, é certo que no próximo ano precisarei desses serviços por mais duas vezes e pensarei pelo menos dez vezes como e com quem será feito!

Registro que o fato foi objeto de muitas ponderações:

- Inicialmente pensei em deixar tudo como está, pagar, virar as costas e ir embora. 

- Depois, pensei em falar, esperar que a pessoa oferecesse o conserto e, caso não oferecesse, pagar, virar as costas e ir embora. 

- Ainda, cogitei de ir até a pessoa, rodar a baiana e falar que jamais ela faria outro serviço para mim, pagar e ir embora. 

- Por fim, conclui que deveria conversar educamente, mesmo que isso pudesse de certa forma magoar a pessoa, não mencionar o pagamento (a outra parcela vence somente no final de setembro) e pedir solução, sendo que optei por essa atitude, até mesmo em respeito ao meu trabalho e ao dinheiro que gastei.

Confesso que antigamente teria tomado a primeira atitude, mesmo ficando no prejuízo e pagando outra pessoa para consertar, entretanto, hoje em dia dou muito mais valor ao dinheiro que gasto e também tenho muito mais amor por mim mesma - não estou pedindo favor e tenho o direito de ficar satisfeita!

E o desabafo fica por aqui. Quando tudo terminar, volto contando, certamente com um sorriso!

4 comentários:

  1. Embora a situação deve ter irritado, achei muito engraçado a implicância com a caneta "bic" azul e a hipótese de "rodar a baiana"...rsrs

    Nesses casos o melhor mesmo é buscar paciência e calma pois só assim as coisas se resolvem mais facilmente. Eu sei que isso é muito difícil, mas às vezes é a única forma de se resolver a coisa mais rapidamente. Agora eu teria mencionado o pagamento, sem levantar a voz mas mostrando que se fosse complicar eu também iria.

    Ter tudo anotado é muito bom mesmo, acho que a primeira coisa que aprendi na faculdade, lembro do professor falar que valia até anotar em carteira de cigarro ou embalagem de bis. Porém todas as vezes que precisei que anotassem, sempre se recusaram ou faziam com muitíssima má vontade.

    Agora acreditar com base na amizade jamais... isso infelizmente não existe mais, deve ter alguma exceção mas também não conheço.

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    1. Adriana, confesso que queria ter fotografado para colocar por aqui e você veria que não é implicância... rs...

      É difícil aprender a ter paciência, mas até acho que estou me saindo bem e quanto ao pagamento penso que a pessoa concluiu como seria, embora ainda não tenho me ligado para marcar horário para o conserto.

      Da próxima vez anoto até os suspiros e faço assinar com duas testemunhas... rs

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  2. Ziula, eu aprendi isso da forma difícil... Não vou contar a história toda aqui, mas já me peguei em uma situação em que carreguei sozinha uma poltrona inglesa numa ladeira debaixo de chuva e de uma tempestade porque a pessoa que me vendeu sumiu e deu o cano em todos os clientes da loja. Eu fui lá e peguei uma poltrona de igual valor à que eu havia encomendado da vitrine, depois que os pais dessa pessoa abriram a loja pra mim mega constrangidos. Foi horrível: a senhora chorava pedindo desculpas por seu filho que "Fez tudo de novo e faz isso sempre". A casa do casal ficava anexa à loja e só consegui pegar a poltrona porque bati da casa perguntando se a loja tinha fechado, se conheciam o dono, etc. Detalhe: loja grande, boa, conhecida, em Santa Felicidade. O filho desse casal reabre a loja de vez em quando em outro lugar, com outro nome, e dá o cano em todo mundo e novo. Já denunciei. Muita gente "largou pra lá", mas eu consegui enfiar a poltrona inglesa dentro do meu carrinho simples e trazer pra casa. Quando eu conto ninguém acredita... e olha que eu só contei uma parte pequena da novela!

    Bjo!

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    1. Marina, tem cada figura por aí, não é mesmo? Fiquei imaginando a cena de você com a cadeira deibaixo de uma tempestade... E, parabéns pela atitude, já fui muito de deixar as coisas por isso mesmo, hoje não mais!!!

      Beijos

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