domingo, 23 de junho de 2013

Boicote no lar!!!

Desde que mudei para o apartamento não havia recebido visitas e aquela que veio disse que viria e traria seu amigo não humano. Ponderei sobre a impossibilidade de acomodar mais um bichinho, pois o apartamento é pequeno e de nada adiantou. Quando vi que a desobediência era certa, concordei!

Casamento na sexta, festa à tarde no sábado com a Izabel, jantar à noite com os amigos, passeio de bicicleta no domingo de manhã. Exceto o casamento, nos demais compromissos que a  visita assumiu, fiquei responsável por mais um cachorrinho.

Xixi pela casa toda. Choro e lamentações vindas do cachorro. Água, comida, carinho. Pisa no xixi e pisa na casa toda. Pisa no cocô e pisa na casa toda. Minha sacada também está intransitável. 

Minhas meninas (Tuka e Milla) são extremamente comportadas, verdadeiras damas, a sacada fica limpa, necessidades nos locais corretos. O cachorro visitante ainda bebê e sem noção do que seja um local correto, um tempo correto para brincadeiras.

Foi péssimo e por outro lado foi ótimo! O visitante viaja em julho e eu ficaria uma semana com o bichinho. Sem chance! Já tive minha lição e aceitar coisas que não me competem é humano, mas persistir nelas seria burrice. Meu apartamento é pequeno, minha paciência é minúscula, meu apartamento somente comporta quem já está por aqui, portanto, não sacrificarei minhas férias para agradar ninguém.

Por falar em pequeno, minúsculo e outros adjetivos. O visitante chegou na sexta-feira e já foi discursando:

- Isso é um CUBÍCULO!!! Não sei como vocês conseguem viver aqui!!! Além disso parece a casa da "fulana", tudo amontoado e desarrumado.

Respirei fundo, dei risada e fui fazer outra coisa.

Ele volta e repete o discurso, talvez um pouco arrependido, mas não muito. Talvez fosse brincadeira, mas não totalmente. Apenas tentei me proteger das palavras, fosse ou não uma brincadeira.

Lá vem novamente:

- Isso é um absurdo! Por onde passo nesse apartamento vejo gente, ouço gente, cruzo com gente!

- Ainda bem, né amor? Você vê gente viva o tempo todo! Já imaginou se enxergasse gente morta o tempo todo?

Outro detalhe bastante interessante é que a bagunça (coisas amontoadas e desarrumadas) foi feita pelo próprio visitante e, como sabem, costumo elogiar demais como ele é organizado, por isso penso que foi o legítimo (ou ilegítimo?) boicote ao apartamento onde moro.

Gravata na churrasqueira, meias na mesinha da sacada, sapatos no rack, sapatos no chão, terno na cadeira, cocô do cachorro na sacada, terno também em um quarto, cobertor do cachorro no sofá, aliás cobertor que chegou direto para a máquina de lavar por ter o cachorro feito xixi na estrada em cima de tal coberta. Comportamento não adequado para uma pessoa que tem lugar para tudo e que deixa seu quarto sempre arrumadíssimo.








No meio dessa bagunça toda lembrei de duas pessoas. 

Uma amiga com quem conversei essa semana e lembrou sabiamente que devemos analisar de onde vem os comentários, quem é a pessoa e as razões pelas quais está fazendo dito comentário. Com isso percebemos que na maioria das vezes o comentário nenhuma relação tem com a gente e conseguimos eliminar todo sentimento negativo que possamos estar desenvolvendo durante a conversa, ou seja, não nos deixamos atingir.

A Zilda, uma querida amiga que passa aqui pelo blog, que falou sobre um conselho de nutricionista: ou procuramos uma quitanda ou uma farmácia e adaptou esse conselho à minha falta de roupeiro, dizendo: ou procura uma loja ou uma farmácia.

Pois bem, Zilda. Eu acordei no sábado pela manhã, em estado pós-casamento, já com enxaqueca pois a bagunça já havia começado na sexta-feira e não suporto bagunça. Então pensei: ou organizo ou vou na farmácia buscar meu remédio para enxaqueca. Comecei a colocar tudo no lugar e a dor foi passando rapidamente. Obrigada, Zilda!

Enfim, final de semana tumultuado, sujo e fedido, mas com um aprendizado que salvará meu período de férias!

4 comentários:

  1. Ai, Ziula, nessa situação eu comunicaria ao visitante que ele tem que arrumar a bagunça e não fazer mais bagunça. Acho que organizar a bagunça de outra pessoa passa a mensagem de que quando ela bagunçar terá alguém que vai arrumar... e isso com filhos, marido, colegas de trabalho, etc. Simplesmente não arrumo a bagunça que os outros fizeram, principalmente quando é feita de propósito... E que paciência, hein? Eu não sei se teria....

    Bjos e desculpe a franqueza!

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    1. Marina, em uma situação normal eu faria realmente isso, mas não era... rsrsrs... a mensagem era outra. Quanto à paciência fiz um post porque a resposta por aqui estava muito comprida... rsrsrs

      Beijos e adoro franqueza!!!!!!

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  2. Isso tem toda cara de ciúmes, tinha que dizer "a saudade é um prego, coração é um martelo, fere o peito e dói na alma e vai virando flagelo".. rs

    Normalmente, em poucos dias assim, é normal deixar as coisas fora do lugar pois é algo como se estivéssemos em hotel, mas dai a por sapato em cima do móvel e meia em mesa foi demais.

    Quanto ao pequeno a gente se adapta e no fim até é mais prático e convivência assim é até melhor, une mais a família, se não é cada um no seu canto, dai no menor tem a obrigação de compartilhar as coisas e no fim une.

    Quanto ao cachorro, tem uns que são educados por natureza.

    Antes de ter meus yorks tive alguns outros e em especial uma cocker que eu voltava da escola e ela pegava meu tênis e ia correndo pela casa toda e eu atrás, e isso devia ter 9/10 anos. Com o primeiro york a primeira coisa que ofereci de brinquedo pra ele foi um tênis e ele sequer se aproximou para saber do que se tratava... já meu atual cachorro não adiantou ensinar nada que ele aprende o que quer, quando quer e sempre está relacionado com arte. Mas é bem engraçado. Não sei como é esse de vocês, se dá pra ensinar, se já é educado por natureza (ao que parece não) ou se o jeito é se adaptar a ele.. rs, dai, para evitar dissabores, melhor não levar para dentro do apartamento...

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    1. Adriana, adoro suas leituras das situações, até parece que você estava por aqui... rsrsrs... exatamente isso... ciúmes e vontade de que eu volte... rsrsrsrs... infelizmente não será possível, vivia muito mais estressada em Cornélio (imagine então!!!!)
      Quando leio você contar do seu labrador só me vem uma coisa na cabeça: sua sogra é uma santa e tem uma paciência oriental... a minha paciência não chega a tanto!!! Bem, já contei que teve cachorros que não aguentei, simplesmente minha energia não cruzava com a do bicho!!!
      O cachorrinho em questão e mencionado no post na frente do pai dele é um santo, deita com cara de coitado, obedece... coisa mais linda, na realidade adoro esse bichinho... mas quando fica sozinho comigo é uma "coisa", não obedece, chora, o que significa que não posso ficar sozinha com ele, muito menos nas férias... rsrsrsrs

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