sábado, 5 de outubro de 2013

Descontrole financeiro e desejos imediatos e desorganização...

Estávamos conversando essa semana sobre e-mail que recebemos de um vizinho para que não votássemos chamada de capital na assembléia em razão das dificuldades financeiras pelas quais está passando para colocar box, armários e outras coisas no apartamento novo. O tom era bem lamurioso e quase desesperado. A energia da tal mensagem era de tristeza.

Detalhe: a assembléia foi semana passada e somente essa semana ele se deu conta. O atraso só tem um nome: desorganização. Por isso insisto no "organize-se, organize-se, organize-se".

Conheço pessoas de todos os tipos, desde aquelas que estão com cortinas de plástico porque ainda não puderam colocar box até aquelas que financiaram o apartamento, fizeram empréstimos de todos os tipos, até com parentes, para ter a casa dos sonhos parecendo saída de uma revista.

Pois é. Minha vida ideal passa longe de qualquer padrão mencionado. A organização me permite não ficar sem o essencial, quebrar o galho até que o ideal seja possível e esperar para satisfazer desejos em relação àquelas coisas que acho importantes.

Organização também permite não entrar em dívidas, não pagar juros, não incomodar parentes e ao mesmo tempo não ficar frustrada ou triste por não ter algo exatamente no momento do desejo.

Precisamos repensar nossos padrões de consumo. Deixar de atender nossas necessidades de forma imediata, pois isso traz insatisfação em curto prazo ao vermos que não conseguimos mais viver com os valores que recebemos.

Adiar desejos. Estabelecer prioridades. Ter controle financeiro. Exercer o consumo consciente. Ter paciência. Todas essas são atitudes que efetivamente trazem paz e tranquilidade levando a uma vida mais feliz.


4 comentários:

  1. Hoje mesmo (domingo), passei por uma prova de fogo.
    Minha irmã me pegou em casa para darmos um passeio em seu carro novo.
    Aproveitei para pagar uma Loja no centro comercial. Enquanto eu fiquei na fila, ela olhava e me mostrava peças com ótimos preços. Olhei, gostei, elogiei, mas nem cogitei comprar. Eu estava ali, com o cartão de crédito, talão de cheques e até uma pequena verba em dindin, mas...o consumo consciente estava à postos.

    Em outros tempos, estaria com a sacola repleta de roupas, meias, lingerie e sempre um presentinho para alguém.
    Saímos ilesas da loja e entramos em outra, só para passear.
    Fiquei encantada com uma molheira de vidro. Oferta 19,90 à vista.
    Ela, que adora salgados, imaginou a molheira com vinagrete ou molho de manjericão.
    Eu, formiga, imaginei com uma deliciosa calda de chocolate para regar bolos e sorvetes.
    Respirei fundo, mudei o foco para outra coisa e saímos da loja,

    Passamos na casa de minha mãe e, por lá almoçamos, rimos, sem gastar nada.
    Enfim, mais uma vitória curtinha, mas que está me levando a algum lugar.

    Obrigada pelo incentivo constante.
    Beijo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Zilda, os pequenos gastos é que fazem com que as pessoas não alcancem as grandes coisas que sonho.
      Estava conversando com dois amigos no café da manhã e um deles comentava que foi a um shopping novo em Curitiba, somente com lojas de grife, e que era impossível comprar o casaco que ele tinha amado, sendo que o outro observou: esse é o problema, por acharmos que não podemos comprar coisas melhores é que acabamos comprando uma porção de porcarias...
      Estamos no caminho certo, querida amiga, segurando pequenos gastos para objetivos maiores.

      Beijos

      Excluir
  2. Eu vi um programa de TV que dariam um prêmio a um casal que vivia em condições bem complicadas. Mostrou a casa, tudo em condições precárias. Foram perguntados sobre o problema e falaram em dívidas, sendo dessa dívida 7 mil reais com cartão e mais 2 de sei lá o que. O total era 9 mil, ganharam 10.

    O problema maior é que não fomos educados para lidar com o dinheiro. Hoje muito superficialmente está sendo tomada essa atitude com as crianças, mas digo muito superficialmente pelas que conheço. Até porque esse ensinamento tem que vir da escola E dos pais. Ou melhor, primeiro dos pais e depois da escola. Só que a maioria dos pais não teve e não foram atrás, dai complica. Pode até ser que a pessoa já nasça com esse dom (minoria), ou tente desenvolver após muitos erros, mas mesmo assim temos que ir muito atrás para as informações pois está longe da regra ser o uso racional dos recursos e dai a tentação para o "deixa a vida me levar" é grande.

    Aquelas pessoas talvez consigam se reerguer, mas mais que o dinheiro tinham que ganhar também um ensinamento de como aplicar. Se não, cair em armadilhas do consumo é muito fácil e de juros então.

    Eu uso + ou – um limite para cada coisa, por exemplo duas semanas sem viajar para qualquer lugar, só ficar na cidade ou região metropolitana porque optamos por um show um pouco mais caro, mas estou muito longe do que deveria saber ou poderia já ter feito.

    O bom que sempre é tempo, mas se aprendemos isso criança deve ser uma beleza, o problema é que tem que ser uma coisa meio constante.

    Na minha casa meu irmão que sempre foi mais econômico, tanto que meus pais queriam pagar o curso de engenharia mecatrônica pra ele na particular e ele se recusou e tentou mais um ano para a UFRGS, dai acabou na economia, mas antes do que fazer priorizou o lugar, tinha que ser na federal. Já eu..rs, até gostaria, seria um orgulho fazer a federal, mas e a aplicação, ou e a preocupação com os gastos como foi a prioridade do meu irmão? só veio com o tempo. Mas digo que tem que ser constante pois teve uma época que ele não podia ver um site, uma loja de artigos esportivos, agora já voltou ao normal.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Será que esse casal não caiu no mesmo erro novamente? Conheço pessoas que recebem ajuda e voltam a cair e recebem ajuda e voltam a cair, muito triste mesmo!

      Minha sobrinha tentou a federal e perdeu um ano de faculdade porque acabou na particular mesmo! Acho válidas as tentativas, mas acho mais válido ainda sair logo da faculdade... rs

      Excluir