sábado, 30 de novembro de 2013

Minimalismo e prática diária

Viver cada vez com menos. Priorizar o essencial. Mais tempo para a vida. Pensamentos voltados ao aprimoramento pessoal e ao bem estar.

É fácil? Claro que não. Lá vem o black friday, diariamente propagandas sobre itens sem os quais não podemos ser felizes. Por falar nisso, acompanhava um blog que era tudo de bom, idéias ótimas, experiências melhores ainda e de repente, não mais do que de repente, querem me fazer pensar que preciso de alguns produtos para ter uma vida melhor. E assim mais um blog descartado só para não ter que ficar pensando sobre necessidades.

A cada dia fica mais claro que não sou o que visto ou que tenho. Mais certo o fato de possuir mais do que preciso apesar de todos os destralhes. Cristalina a necessidade de usar tudo que tenho e descartar o que somente está ocupando espaço.

O projeto das roupas e acessórios está de vento em popa. Quase todos os cabides estão virados o que significa estar usando o que tenho. Estava sem paciência para os acessórios, mas venci a resistência essa semana, o único problema é que as pessoas passam a olhar para você diferente, inclusive teve uma que não olhava para mim enquanto conversava, só conseguia olhar para meu colar e foi bem desagradável.

Esse meu desconforto com o olhar só demonstra como eu estava andando errado na vida anteriormente ao comprar tantas e tantas coisas para desfilar. Na época eu achava bonito as pessoas ficarem olhando minha aquisição, hoje fico constrangida.

Quero chegar ainda mais à frente no essencial e devagar tenho certeza de que chegarei lá. Claro que não há razão para me desfazer do que gosto muito, embora haja necessidade de me livrar daquilo que não me diz mais nada.

Quero cada vez desejar menos e conseguir viver cada vez com menos. Menos coisas, menos compromissos, menos pessoas danosas à volta ou conseguindo ignorar as inevitáveis, menos necessidade de gastar dinheiro.

Tem dias que não é fácil controlar os desejos e outros em que é meio frustrante não ter desejos de consumo. Nunca vou sozinha ao shopping, confesso que as crianças freiam meu consumo porque quero realmente dar um exemplo bom a ser seguido. Pois bem. Sexta-feira resolvi quebrar isso e fui sozinha e fui com tempo e fui com vontade de achar algumas coisas que realmente preciso. E o que aconteceu? Absolutamente nada! Almocei, fiz as unhas (estava precisando muito!!!), olhei algumas vitrines, ensaiei entrar para comprar alguma coisa, desisti e fui para casa.

Gente! E as coisas que eu preciso? Se pensei um pouco mais até para entrar na loja e desisti o certo é que realmente não tenho necessidade premente de nada.

Nesse caminho muitos me olham de forma estranha, mas não importa! Posso ter errado aqui e ali, também não importa! Sei que estou seguindo um caminho e ele pode ter curvas, atalhos, por vezes levar para lugares errado e me fazer cometer alguns enganos. Não importa! O que importa é continuar nessa escolha que está se mostrando muito feliz.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"A gente reflete o que está na alma"

Ontem uma colega voltou das merecidas férias, descansada, radiante, sorrindo e sem o peso do estresse do trabalho que realmente não é fácil, aliás todo trabalho depende uma energia mental ou mesmo física somente mensuráveis quando desfrutamos de algum descanso.

Beijou todo mundo e brinquei que ela estava mesmo era com cara de férias. Nesse momento ela fez uma observação que me deixou pensando:

- A gente reflete o que está na alma!

O que está na minha alma? O que estou refletindo? Como estou devolvendo para o mundo e para as pessoas o que se passa no meu interior?

Final de ano é comum encontrar pessoas exaustas. Pessoas que se queixam do cansaço e dizem não estar mais dando conta das atividades diárias.

Nesse ponto acontece o milagre. Alguns param no final do ano em razões de recesso e férias coletivas. Outras apenas diminuem o ritmo para preparar a ceia de Natal e Ano Novo. Todos voltam nos primeiros dias de janeiro renovados, com novo ânimo e sempre cheios de planos ou intenções para o ano que se inicia.

Estranho mistério. A vida continua. Também temos problemas no final de ano. E o que é o final do ano senão alguns dias entre um mês e outro? Mesmo assim o efeito psicológico é benéfico, mesmo para as pessoas que ficam deprimidas no Natal e são muitas, mesmo essas pessoas recebem um novo sopro de esperança no ano que se inicia.

Estranho mundo! Estranhas reações! Reações e comportamentos comuns! E assim a vida vai passando!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sobre estruturas...

Essa semana chamei uma amiga para almoçar, viram como estou progredindo? Já estou tentando me relacionar socialmente.

Conversávamos sobre problemas e como eles terminam solucionados de alguma forma quando ela mencionou o cunhado que mora no Japão em uma casa de papel.

A vida toda ficamos ouvindo que não devemos construir castelos em nuvens havendo necessidade de uma sólida estrutura que dê amparo às realizações e à vida. Pois bem, construções bem estruturadas não suportam terremotos e assim é nossa vida.

É preciso flexibilidade e estrutura suficiente apenas para nos manter em pé, entretanto, portanto, não pode ser uma base rígida que nos mantenha cimentados ao chão enquanto o mundo todo está ruindo à nossa volta e terminamos por ruir também.

E o que é ser flexível? Penso que é aceitar o que acontece sem desesperar, buscando soluções, deixando nossas convicções balançarem para depois se firmarem novamente, suportar a ventania de problemas que por vezes nos assola, as ondas de desespero por doenças, os furacões da revolta com situações que realmente não temos qualquer controle ou poder de decisão.

Dessa forma, resta transformar nossa estrutura sólida que pensamos ser necessária por uma estrutura mais maleável e assim viver melhor.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mais sobre presentes de Natal...

Pode parecer na mensagem sobre presentes de Natal que estaria aconselhando as pessoas a não mais darem presentes de Natal, entretanto, não é nada disso. O que me move hoje em dia é deixar de fazer as coisas por obrigação.

Sinceramente não consigo mais presentear porque tenho obrigação de presentear. Concordo com a Josy quando menciona que é um gesto de carinho, mas como todo ato motivado por essa emoção é preciso que estejamos dispostos realmente a isso e não apenas agir pelo fato de ser exigido socialmente, haver uma pressão do comércio para isso ou mesmo em razão de nos sentirmos culpadas ao não seguir uma convenção social.
 
Dessa forma confesso que ainda dou presentes, ainda tenho vontade de demonstrar meu carinho em algum objeto físico, a diferença é que escolho muito melhor o que será colocado na vida de outra pessoa e obedeço muito minhas reais motivações para o presente ou mesmo para comparecer em algum evento, jantar ou festa.
 
É preciso parar de seguir o rebanho, fazer as coisas porque assim nos são exigidas, precisamos buscar em tudo aquilo que nos traz felicidade, inclusive no ingênuo ato de presentear, deixando motivações obscuras pararem de nos guiar. Por exemplo, já presenteei uma família inteira para ser aceita por ela e o que aconteceu? Simplesmente continuei a ser ignorada e não aceita. Assim o é, eles tem o livre arbítrio e eu não precisava ter gasto meu tempo e dinheiro para tentar me inserir onde não me queriam, não é assim que o mundo social funciona.
 
Ainda não sei se algum presente de Natal, afora a viagem para meus filhos e talvez algum eventual presente para eles, será comprado. Inicialmente a idéia é não fazer isso e depois quando estiver junto com a família no Ano Novo talvez fazer algum programa diferente, ainda não sei e me dou toda a liberdade para mudar de idéia se assim for minha vontade, entretanto espero de mim mesma não agir mais pelos motivos errados ou, no mínimo, errar cada vez menos.
 
Eu diria então, se fosse questionada, para a pessoa presentear se isso lhe dá satisfação, prazer, alegria e se a motivação for outra, como alguma das citadas acima, fique quietinho e não presenteie ninguém, apenas busque outras formas de demonstrar seu carinho ou até de ser aceito.
 
Acaso a opção seja pelo presente tenha sempre como norte que não podemos invadir o espaço alheiro e, se a pessoa não fez nenhum pedido específico, não seja invasivo e opte por chocolates, biscoitos e bolos natalinos, garanto que todo mundo ficará muito mais feliz do que se houvesse ganho uma tralha que não tem onde por ou até não gostou. As pessoas são felizes com doces (sem exagero, é claro, por questão de saúde!).
 
Nesse momento me veio um questionamento: você lembra dos presentes de Natal que ganhou o ano passado? Que fim tiveram? Você ainda lembra quem os deu?
 
Lembro de cada palavra que meu pai disse quando entregou meu presente de amigo secreto, ainda sinto a emoção dele falando quando recordo do momento e sequer lembro o que era o presente, ele realmente não foi importante o item material depois de tanta coisa linda que ele disse.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Presentes de Natal e a ex-Maria presentinho

A Marina postou um comentário ontem que me fez pensar na minha trajetória de presentes de Natal. Aqui está o que ela falou:

"Ziula, eu tive umas 3 ou 4 mochilas em toda minha vida estudantil, sendo que a primeira tinha sido da minha mãe. Também acho um exagero. Nesse momento estou enfrentando um dilema interessante: Natal chegando e eu sem sabero que eu quero. Pessoas me pedindo sugestões e eu sem saber que sugestão dar.... ok, se eu pensar um pouquinho, tem algumas coisas que eu poderia substituir... mas tenho que pensar, sabe? E eu fico achando que é prosperidade demais pra uma pessoa isso de ter de pensar no que eu quero pra poder conseguir dar uma ou duas sugestões de presente! Bjo!"

Pois bem. Já dei presentes até para desconhecidos. Chegava perto do Natal ou até mesmo com uma certa antecedência e eu ia comprando presentes e mais presentes. Caixas de biscoitos natalinos, adoro! Produtos do Boticário ou Natura. Refoma de banheiro, sim já reformei o banheiro de outra pessoa como presente de Natal. Roupas. Sapatos. Relógios. Poderia fazer uma lista infindável.

Depois fui excluindo as pessoas de "fora" e deixando apenas os parentes e amigos mais chegados. A coisa toda foi andando e chegou o Natal de 2011 e eu me preparando desde cedo até porque estava no primeiro ano sem compras pensando muito em tudo.

Natal frustrado que não pude passar com toda a família. Fomos para a praia eu, Renato e Pedro. Tivemos um Natal muito tranquilo. Alguns presentes comprados anteriormente foram efetivamente entregues e a maioria entrou no uso da casa.

Ano seguinte e a incerteza de poder passar o Natal com a família. Telefonei e sugeri fizéssemos um amigo secreto. Somente comprei o presente do amigo secreto. Ponto. Foi a troca de presentes de Natal mais emocionante que já tive. As pessoas se preocuparam somente com uma outra pessoa e na hora de fazer a entrega também se preocuparam com as "palavras". Meu pai havia pego meu nome e ele é um orador fantástico. Chorei muito de emoção.

Esse ano as crianças ganharão a viagem. A Izabel comentou que há muito os presentes de Natal não eram embalados naqueles papéis lindos, respondi que não poderia embalar a viagem e ela retrucou que eu poderia embalar a passagem (rs).

Nem cogitamos passar o Natal junto com o restante da família e isso por razões várias, mas foi unânime. Passaremos em Buenos Aires e ficarei com minha família no Ano Novo sem toda aquela tensão natalina de ceia, presentes e obrigações.

Parece que presentes de Natal perderam um pouco um sentido. Porque nos colocamos essa obrigação? Qual a razão de tornar essa data tão comercial? Porque ceder ao marketing dessa forma? Não bastaria um dia feliz com as pessoas que você ama? Uma experiência em família? Qual a razão de nos preocuparmos tanto com presentes?

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Miscelânea...

Olha, está bem corrido. Levei uma chamada da Adriana e voltei a escrever no blog, aliás já é a segunda e esse lugar somente sobrevive porque ela fica me cutucando e inticando comigo (rs). Então, tenho lido todos os comentários, mas não estou conseguindo responder. Penso que logo, logo volto ao normal, embora ainda exista muita água para jorrar na minha vida até o final do ano.

Não, não consegui resolver o problema no meu trabalho e já estou tentando me convencer de que mais uma vez o que não tem solução solucionado está. Aliás, nem serei eu a prejudicada e sim outra pessoa. Ocorre que essa outra pessoa não quer se envolver e não fará qualquer pedido. Mais uma vez sofri pelos outros e espero que seja a última. Se eu não concordo com um procedimento não quer dizer que tenha que prejudicar alguém que gosto muito para desmanchar o que foi feito por interesses outros e como a segunda pessoa não quer se envolver eu teria que atacar alguém próximo e isso não farei.

Sei que é horrível falar assim sem explicitar o fato, entretanto há coisas que não precisam ser ditas por aqui e até penso que falo demais por aqui, só quero mesmo é dividir meu sentimento de indignação. Inclusive na sexta-feira quase coloquei os pés pelas mãos quando fui alertada pela "moça do cartão" que eu poderia estar sendo usada, que era para tomar um cafezinho e depois decidir. Decidi não ser usada e fiquei quieta, o que demonstrou ter sido uma sábia atitude considerando um encontro que se deu logo a seguir e confirmou o que a menina havia dito. Simplesmente manipulação e eu a quase marionete. Enfim... assunto encerrado e os prejudicados que se mexam.

Entrei aqui foi para falar de uma coisa que me intriga em alguns seres humanos: a capacidade de encantamento com determinadas idéias, tais como, consumo consciente, sustentabilidade, melhor e maior convívio familiar. Assistem uma palestra ou mesmo um vídeo no youtube, saem feito loucas pesquisar as idéias da pessoa, propagam essas idéias, mas nada fazem na própria vida para mudar atitudes danosas.

O que você tem feito para mudar na sua vida aquilo que não lhe agrada? Será que existem atitudes que estão lhe prejudicando e você ainda não se deu conta? O que pode ser feito para viver melhor?

domingo, 24 de novembro de 2013

Crianças e consumo ou insanidade do consumo infantil!

Gabriela G. Lima deixou esse comentário em uma das postagens:

"Essa pessoa aí do cartão estourado está parecendo a minha colega de trabalho que alega que o salário não dá: agora ela me disse que tem que trocar as mochilas das filhas regularmente, pois no colégio "todos fazem isso", conforme o programa/seriado da moda que lança esse produto: já foi meninas superpoderosas, RBD, Glee e outros que não me recordo. E pensar que passei todo o primeiro grau com a mesma mochila da moda, do Cantão, uns cinco anos e ainda parte do 2º grau quando fiz 15 anos e ganhei 1 (uma) bolsa e passei a usar a dita bolsa...Antes disso ela tinha me dito que cada menina tinha 50 (cinquenta) Barbies, entre marido da Barbie, filho da Barbie, cachorro da Barbie etc. O povo gosta de se complicar, não tem jeito."

Realmente não sei se as pessoas gostam de complicar ou se gostam de sofrer, porque essa mesma pessoa mencionada pela Gabriela, segundo relato em outros textos dela, já precisou vender a casa e mudar para um lugar menor e não está nada feliz com isso. Será que essa colega não consegue perceber que cada tijolo, cada cômodo da casa anterior está enterrado em mochilas, bonecas, no salão de beleza que vai semanalmente com as filhas e onde gasta R$ 250,00 em um total de R$ 1.000,00 mensais?

Aqui as coisas já foram meio fora do padrão atual, mas nunca chegaram a extremos.

O Pedro Henrique começou na escola com quatro anos, isso se a memória não me falha, e está com quase doze anos. Inicialmente usava uma mochila que imitava um tênis e ela ficou pequena a ponto do menino observar: nossa, mãe, eu achava essa mochila grande e agora parece que ela diminuiu de tamanho. Nessas alturas da vida ganhou uma mochila maior de Natal, presente da linda Tia Adelina, e logicamente do Internacional. Claro que por ser desse time era de ótima qualidade, né Adriana do chinelo? Usou, usou, usou e finalmente estragou. Sorte que nessa época uma loja do shopping estava fechando e todos os produtos estavam em promoção. Recebeu uma grande mochila da Oakley que tinha como valor real R$ 500,00 e foi comprada por R$ 250,00 e com ela está até hoje utilizando até mesmo em viagens e não está dando sinais de que acabará tão cedo.

Penso que essa história de trocar de mochila todos os anos ou várias vezes ao ano não parte naturalmente da criança e sim é plantada pelos pais. Alguns pais querem mostrar como estão bem socialmente, como cresceram na escala social, como podem dar tudo para os filhos e adoram que as crianças desfilem novas coisas e novos itens. Criam seus pequenos para serem sempre pequenos seres consumistas, cheios de necessidades e insatisfações. 

Sim, insatisfações, porque se eu posso ter tudo eu quero ter tudo agora e não posso esperar até o dia seguinte para ir até a loja, não posso esperar o aniversário para ter o prazer de um presente há muito esperado, não posso esperar meus pais guardarem dinheiro para que minha necessidade, novo nome para o desejo imediato em determinadas famílias, seja atendida.

Uma coleguinha do Pedro chegou a esfolar todo o tênis na calçada da escola somente para obrigar seus pais a comprarem uma chuteira nova igual à do coleguinha "x", porque essa chuteira havia sido negada ao fundamento de que aquela que foi estragada estava nova.

Nessa mesma esteira essas crianças cujos desejos são atendidos como se fadas fossem os pais não sabem se comportar em um restaurante, não fazem uma única tarefa doméstica, não tem um pingo de traquejo social e cheguei a presenciar uma menina desse tipo ser isolada pelas colegas, precisar intervenção da escola, foi parar na psicóloga junto com os pais, houve reunião com todas as mães e a menina foi "inserida" novamente no grupo, mas sempre com desconfiança das demais crianças e dos pais dessas crianças.

E todos temos "n" histórias para contar em relação às pessoas que os são próximas e aqui faço uma proposta: cada qual que tiver uma história desse tipo mande nos comentários e vamos juntas todas em um post.

Ziula, para criticar os outros? Claro que não. Todos devem ser respeitados porque estão agindo exatamente como lhes permite o estágio evolutivo em que se encontram. Então, qual o objetivo?

Acredito que se alguma dessas pessoas vier "passear" por aqui, encontrar uma história dessas e se identificar, já é um passo para levar essa pessoa à refletir sobre seus atos e futuramente até mudar sua forma de agir e ser mais feliz, mais realizada e com melhor qualidade de vida.

sábado, 23 de novembro de 2013

Gastar, gastar e gastar... não importa qualquer coisa pode ser comprada...

- Preciso pagar o hotel no débito - diz a pessoa que só usa cartão de crédito.
- Qual a razão?
- Estourei o limite do cartão de crédito.
- Credo! Seu limite é altíssimo, maior que seu salário!
- Pois é, não que eu tenha estourado pagando o cartão parcelado, é que as prestações que tenho no cartão chegaram no meu limite.
- O que aconteceu?
- Gastos, gastos. Duas meninas precisam de muita roupa. Eu preciso de roupa. As crianças agora na escola precisam usar tablet, cada uma tem um ipad, mas tive que comprar um galaxy para cada uma porque só ele é compatível  com os programas da escola.

Lá fiz uns cálculos mentais e por mais que tentasse não conseguia chegar no valor que atingisse o tal limite absurdo do cartão de crédito. Cada uma das crianças também tem um iphone e a dona do cartão outro.

Fomos jantar. Adoro o Spaghetto em Curitiba. Promoção: um avental comemorativo dos vinte e cinco anos de existência do restaurante custando apenas R$ 9,00. Nem me passou pela cabeça comprar. O que faria com o dito avental? E a pessoa adquiriu feliz um avental.

No outro dia, após uma manhã de palestras sobre sustentabilidade, acompanhamos uma colega até o hotel e ao lado uma linda "brigaderia". Aqueles docinhos pediam para ser levados. Embalagens lindas. E nossa amiga comprou quatro panelinhas daquelas coloridas com brigadeiro de colher no total de R$ 56,00. Fui mais comedida e comprei quatro vidrinhos com a mesma quantidade das panelinhas por R$ 28,00, pois o que iria fazer eu com panelinhas coloridas que dão até dó de jogar fora? Detalhe que a pequena colher que vinha junto é da brinox e agora temos em casa companheiras para xícaras de cafezinho.

E continua a saga. Palestras da tarde e a pessoa me mostra um iphone 5 perguntando o que achei do preço. Respondi que o preço estava normal, realmente é o que custa e, na minha opinião, vale cada centavo para quem precisa de um bom aparelho, só questionei o fato da necessidade considerando que o iphone 4 dela parecia ainda ótimo, bem cuidado e sem bateria viciada tanto o cuidado no recarregar sempre no momento certo.

- Sabe o que é? Eles me mandaram um chip com internet mais rápida, mas não serve no 4, então preciso comprar o 5.

????????????? E lá vai o cartão ficar mais estourado ainda.

Vendo minha blusinha da Marisa de usar por baixo das camisas transparentes exclama:

- Credo, está toda desfiada!
- Pois é, nem vai voltar na mala, só indo para o lixo mesmo, paguei R$ 19,00 e já está destruída. Ainda bem que tenho essa outra da Zara que custou R$ 25,00 e é ótima.
- Boas mesmo são aquelas da Dudalina, próprias para usar embaixo de camisas. Lindas mesmo!
- Quanto custa essa coisa?
- Cento e poucos reais!
- Muito caro!
- Mas são lindas!

Ok. Chegamos no aeroporto e me distanciei um pouco dizendo que logo a encontraria. Onde estava a moça? Adivinhem? Na Dudalina, não havia a menor dúvida de que a encontraria por ali.

- Sabia que te encontraria por aqui.
- Preciso de uma daquelas blusinhas brancas para usar embaixo da roupa, a minha da Dudalina já não está mais branca.
- Que bom que Dudalina também acaba! É um consolo para a minha da Marisa. Quanto custa isso?
-  R$ 120,00 só que tem desconto de 10% porque é o mês do meu aniversário! E você acredita que ainda não pude ir ver outras coisas nessa loja por falta de tempo e perderei o desconto?
- Mas... esquece - eu ia perguntar se realmente estava precisando de alguma coisa, se o cartão já não estava estourado e desisti e ela sabe dessas coisas que penso porque sempre falo, sempre com moderação e sem insistência, mas falo.

Sempre que falo ela me chama de sovina e diz que eu lembro uma amiga dela, riquíssima, que está fazendo um ano sabático e pede uma marmita para três pessoas. Rimos juntas e cada qual segue a vida que escolheu.

O que seria mesmo sustentabilidade? O que representa o consumo consciente na sua vida? Porque determinadas pessoas precisam gastar tanto e ao mesmo tempo sem qualquer planejamento?





sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Será que orna?

A última conferência de hoje foi com o professor Mário Sergio Cortella, filósofo e uma pessoa com uma capacidade ímpar para a oratória. Fez valer todas as horas sentadas desde ontem.

Ressaltava ele como o ser humano é arrogante e pensa sempre que coisas óbvias podem não acontecer, razão pela qual continua a agir da mesma forma danosa. Citou as chamadas "tragédias" decorrentes da natureza como a enchente em Santa Catarina em 2008 e a forma como é colocada a notícia, como se fosse efetivamente uma coisa imprevista e sem qualquer participação humana quando é público e notório que medidas poderiam ter sido tomadas de modo a impedir o pior.

Falou sobre coisas que "ornam" e que "não ornam". Como orna ser ético, decente. Como existem coisas que não ornam. A corrupção, o acostumar-se com a corrupção, o aceitar esses fatos como normais, realmente não orna. Nos acostumarmos à poluição e destruição da natureza, vivendo em locais fétidos - aqui citando o Rio Tietê - aceitando-os como nossa casa, também não orna.

Trouxe fatos engraçados do cotidiano. 

A família reunida aos sábados para ir comer comida caseira em algum restaurante. Ora, se é comida caseira, deveria ser preparada em casa, não é mesmo?

Como dizia para os filhos que contaria o segredo da vida quando completassem doze anos e chegado o dia simplesmente dizia: meu filho, vaca não dá leite! Como? Sim, isso mesmo, vaca não dá leite, é preciso tirar o leite da vaca. É preciso amarrar as patas da vaca, o rabo da vaca, ordenhar, tratar da vaca, dar sal, alimentar, vacinar. Na vida nada é dado, sempre necessário muito trabalho e esse trabalo precisa ser feito.

Reflexões e mais reflexões sobre nosso relacionamento com as demais pessoas, com o planeta, com os sentimentos. O cuidado com as reações e com a acomodação.

Será que orna ficar vivendo de forma inconsequente como fazem algumas pessoas? Será que orna continuar vivendo como se não houvesse amanhã e como se não existissem consequências?

Fiquei muito interessada e quem sabe seja mais um projeto para 2014: conhecer mais as idéias desse filósofo e mudar mais um pouco com ele.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Dê tempo ao tempo...

Completamente sem idéias para escrever, ainda com problemas antigos e outros que somaram, sendo que me deparei com um post do blog "Desabafos de uma consumista" e lembrei do que aconteceu essa semana em relação à essa questão financeira que tanto atormenta nós trabalhadores.
 
Dessa vez não vou relatar tudo que aconteceu na minha vida desde quinta-feira porque certamente muita gente iria chorar comigo. São tantas vidas, tantos problemas e o universo todo entrelaçado parecendo que estou atraindo algumas situações, ainda bem que algumas são para ajudar algumas pessoas e ver que meus problemas não são tão catastróficos assim. Outra razão de nada relatar, pelo menos por enquanto, é para que esse blog não vire uma página de "crônica policial" ou um daqueles programas onde só conste a infelicidade e agruras humanas, afinal problemas todos tem, uns maiores outros menores, mas ninguém é poupado.
 
Voltando. No texto mencionado no início e que chama "Dias 166 ,167 ,168 e 169: Recaída" escrito pela Andressa é questionado o tempo necessário para começar a sobrar algum dinheiro para poupar e sua frustração com todo o esforço feito com resultados ainda não satisfatórios.
 
A minha experiência é no sentido de que realmente não é fácil. O caminho é longo. A paciência precisa ser enorme.
 
Comecei nesse esforço de consumo consciente em 1º de julho de 2011, terminei me perdendo algumas vezes nessa estrada e a única coisa que é certa é a necessidade de perseverar.
 
Estamos no final de 2013, ou seja, dois anos e meio depois e hoje posso dizer que está tudo tranquilo. A cada dia me surpreendo como o dinheiro não voa mais conta corrente, restituição de imposto de renda que servia para cobrir a conta hoje vai direto para a poupança. Cada gasto feito é muito consciente e muito pensado, embora por vezes pareça não ser assim, mas está tudo esquematizado mentalmente e sei exatamente o passo que pode ser dado naquele momento.
 
Nada falta e o desperdício é cada vez menor. Estou mais atenta às necessidades de consumo dos meus filhos que também tem consciência do que e quando pode ser comprado. Tudo muito controlado. Viagem planejada e paga para o final de ano. Planos para 2014 mais voltados às experiências do que propriamente aos bens materiais que foram bem atendidos em 2013.
 
É preciso paciência consigo mesma, com a conta, com a morosidade da vida quando se trata de mudar o padrão, pois afinal não chegamos ao "vermelho" da conta de um dia para o outro e sim em anos de consumo desenfreado. Precisamos dar tempo ao tempo!
 
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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ano que não acaba...

Esse ano parece que não acaba e quando parece que nada mais pode acontecer... lá vem novas e inaceitáveis surpresas! No fundo estou gostando que seja assim na esperança que todas essas situações se resolvam até o final do ano e o novo ano seja mais tranquilo ou menos tumultuado.

A situação no trabalho que já mencionei dia atrás ganhou novos e inesperados capítulos ou mesmo atingiu seu ápice. Tenho uma certa esperança de que as pessoas sejam diferentes e que o esperado não aconteça, mas aconteceu e estou muito chateada, irritada, me sentindo impotente e ao mesmo tempo sem vontade de desistir.

Estou tentando dar um encaminhamento mais calmo considerando que ontem perdi a linha e o carretel, mas apenas com algumas pessoas. Estou tentando me segurar na esperança de que os responsáveis resolvam a situação sem que eu tenha que envolver outras pessoas. Vamos ver na segunda-feira. O difícil é que estou remoendo, acordando de madrugada pensando nisso, pensando nessa situação inaceitável o tempo todo, tipo obsessão mesmo. E vou tentando mudar a vibração.

Nesse meio tempo vou organizando minha vida pessoal e parece que o consumo consciente já se incorporou. Assim, eliminada uma preocupação que seria o acúmulo de tranqueiras, os valores para pagar, nesse ponto estou indo muito bem.

Um bom feriado para todos. E sabem porque é feriado hoje? Aniversário do meu pai! Parabéns para ele!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A dor que vem dos outros!

- Almas penadas, encarnadas ou desencarnadas, por vezes vem me assombrar!

- Não existe vida após a morte e não aparece ninguém não.

- Está bem! A energia negativa que alguns enviam para o Universo, até por conta do próprio sofrimento, volta em mim e aperta meu peito de tal forma que até dói.

- Cada qual carrega a cruz da sua amagura.

- Ok também! O sofrimento que sinto em outras pessoas toma conta da minha mente em diversos momentos. Sou invadida por um sentimento de piedade, de empatia, de sei lá o que. Lágrimas quentes caem. Meu corpo todo dói. A vida poderia ser menos sofrida!

John Lennon da Silva. Alguém quer um nome mais brasileiro? Dezoito anos. Quais os sonhos desse menino? Tinha namorada? E a música sertaneja amanhecia em seus ouvidos como a luz desponta no horizonte às cinco horas da manhã? Nada sei e nada saberei, exceto pelo olhar sofrido de seus pais que o perderam de forma trágica e de uma maneira que poderia ter sido evitada. Infelizmente tenho acesso à foto do dia fatídico, está lá perdida entre os muitos documentos do processo. Tinha a incumbência de ligar o "cavalinho" mecânico do treminhão, caminhão que transporta cana, aos semi-reboques que são em número de três. O caminhão veio mais rápido e prensou nosso menino no engate do semi-reboque, prensou na altura do peito. Ali ficou o trabalhador esperando a rápida morte chegar.

E aquele malandro de terno branco sambando ao som de antiga música, talvez Lupicínio Rodrigues ou mais moderna como aquelas lindas de escola de samba. Pele clara, cabelo claro, bigode e a fisionomia repleta de alguma coisa que jamais vou experimentar, mas que lhe fazia muito bem. Mais um trabalhador rural e mais um trator. O pneu estoura enquanto ele conserta. Pedaços vem em direção do seu rosto praticamente estraçalhando tudo que estava na frente. Sobreviveu? Sim, nosso amigo está vivo e nessa hora ouço o som de um disco riscado, um LP muito velho tocando em um gramofone ou mesmo o som de uma fita cassete quando arrebenta. Os dois olhos foram arrancados, parte do escalpo. A face se transformou em algo disforme. Esposa que largou tudo para atender o amado e, pressionada pelo sofrimento, encontrou a depressão. Abraçados seguem pela vida carregando as toneladas que representam as consequências da malsinada tragédia.

Árvores, árvores e mais árvores. Motosserras usadas sem preparo e cai uma árvore aqui e outra ali. Passam os dias. Floresta caindo. Homens cumprindo com suas obrigações e lá pelas tantas a árvore quando cai deixa debaixo de si um corpo inerte. Quatorze anos preso em uma cama. Tetraplégico. Família mobilizada nos cuidados. Processo na Justiça Comum durante quase todo esse tempo e onde nem sequer perícia tinha sido realizada. Mudança de competência e processo remetido para a Justiça do Trabalho. Trabalhador havia falecido pouco antes dessa remessa. E a família ainda mobilizada em busca de uma reparação que certamente jamais poderá compensar o sofrimento e a perda.

Meus dias eram mais fáceis quando tinha apenas uma hora extra aqui ou outra ali, um aviso prévio não concedido, um ambiente insalubre. Certo! Havia situações preocupantes, mas nenhuma comparada com as atuais onde sou obrigada a conviver e analisar acidentes que poderiam ter sido evitados, mortes que poderiam não ter ocorrido, famílias que estariam voltadas apenas para a felicidade e mesmo que fosse somente para a sobrevivência nem isso tiveram chance de experimentar assoladas que foram pela desgraça.

O sofrimento que sinto fica latente na maior parte do tempo, está lá no fundo, uma cutucada aqui e outra ali, nada preocupante, mas em dias como hoje me invade de tal forma que gritar até perder a voz seria pouco para colocá-lo de volta no universo. Isso dói!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O que eu fiz no dia do meu aniversário?

Aproveitei o dia para colocar muitas e muitas coisas em dia.

Fomos caminhar às 05h20 e o planejamento é que de isso ocorra todos os dias. A Izabel invocou que está gorda, embora eu não ache, mas ela tem o objetivo de chegar aos cinquenta quilos. Assim vou colaborar no que puder. O Pedro também está animado para caminhar nesse horário. Chega final de tarde e estamos todos cansados e por isso concluímos que seria melhor sair cedo.

Antes de sair guardei uma porção de roupas e já deixei mais um tantão lavando para aproveitar o tempo.

O Pedro tinha teste alérgico marcado para as 08h00 e lá fomos nós. Falei para ele e tinha quase plena certeza (rsrsrs) de que ele não tinha alergia a pelo de cachorro e ele não tem. Por outro lado, é sensível a "n" outras coisas: poeira, camarão, pólen e por aí vai. Semana que vem vou programar o exame de sangue que faremos para outros frutos do mar porque até o final dessa estou atolada de compromissos.

Fui ao mercado. Não tinha em casa leite, pão, frutas e por aí vai. Confesso que essa parte eu preferia ter passado para outra pessoa fazer, só não achei essa pessoa (rsrs).

Depois fiz contas o dia todo e aqui vem a parte boa, pois estava atrasada com as planilhas novamente. Até o final do mês tudo estará terminado, pelo menos o que me dispus a fazer no apartamento e, o mais importante, tudo pago. Optei por fazer esse levantamento financeiro hoje, bem como arquivamentos e outras coisinhas necessárias, porque quero começar esse novo ano completamente zerada de investimentos, contas a pagar e felizmente isso foi possível.

Fiquei pensando as razões que estão me levando a atrasas as ditas planilhas de lançamento e controle de despesas e concluí de forma positiva, ainda bem! Os gastos estão de tal forma controlados que  não me preocupo em ficar no vermelho e a poupança é alimentada automaticamente, mesmo assim não quero perder o costume das anotações para saber exatamente o destino do meu dinheiro.

Programei o restante da viagem de final de ano.

Preenchi as fichas para renovação dos passaportes da família toda, atividade que vinha sendo adiada há muito.

Encontrei o boleto do ar condicionado que vence amanhã e eu não tinha certeza de onde tinha guardado.

Respondi todas as mensagens recebidas no facebook das pessoas que lembraram ou foram lembradas (rsrs) do meu aniversário.

Comprei uma tostadeira porque a minha está estragada e o Pedro faz questão do pãozinho torrado no café da manhã.
Amanheci com uma orquídea linda me esperando na portaria e enviada por duas colegas maravilhosas.

Enfim, atividades práticas, pois meu momento é de organizar tudo o máximo possível para poder sair tranquila de férias e quando voltar não ter preocupação com o apartamento ou com documentos ou com outras coisas que eu vinha protelando.

Dessa forma é que comecei um novo ano de vida!!! E que venha paz, serenidade e tranquilidade!!!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Aniversário e desaniversários...

Não lembro se era o Coelho da Alice do País das Maravilhas que falava que um dia é de aniversário e todos os demais são dias de desaniversário!!!

Então, parabéns para mim pelo aniversário e parabéns para mim pelos demais dias de desaniversário, afinal passamos rapidamente pela vida e cada dia deveria ser de comemoração até mesmo por termos acordado vivas, mais uma oportunidade de mudar os padrões e buscar a felicidade!!!

Lembro a minha vó Piva, que não está mais por aqui, pelo menos não está no sentido comum de poder visitá-la, telefonar ou mandar cestas de café da manhã. Com 92 anos ela me falou que não tinha visto o tempo passar e hoje, completando 48 anos, compreendo exatamente o que ela quis dizer. É tudo muito rápido e impiedoso.

Não importa se você é feliz ou infeliz, o tempo passa! Não importa se você realiza ou não seus sonhos, a vida passa! Não importa se você ama incondicionalmente sua família, a morte chega!

O melhor, nesse caso, é ser feliz incondicionalmente, realizar seus desejos (com organização é claro, rsrs para não causar mais estresse), dizer para as pessoas a todo momento o quanto as ama deixando de esperar "oportunidades", porque a ocasião é a gente que cria e o momento é a gente que faz.

Quem sabe consigamos deixar de lado o que não tem solução. Quem sabe consigamos colocar as coisas nos devidos lugares, deixando de dar importância ao que não nos traz verdadeira satisfação. Quem sabe consigamos viver mais leve.

O caminho é a aceitação e vamos treinando para a leveza e a beleza da vida.

Parabéns para mim que estou viva!!!

sábado, 9 de novembro de 2013

Gerente bancário: seu amigo?

A pessoa estava meio sem paciência com uma situação: a gerente da conta mexendo na dita conta para "ajudar" e dando o auxílio que a criatura já esclareceu que não quer e já proibiu fazer.

Certa instituição financeira onde a cliente em questão tem conta criou uma tal de aplicação com rendimentos diários que deve ser muito boa para o próprio banco tanta é a insistência da gerente e com certeza se transformou em uma meta para a gerente cumprir. O detalhe é que o correntista não quer o dinheiro aplicado desa forma.

Pelos comentários nem era uma fortuna ou muito dinheiro, pelo contrário. O cliente mencionou para mim ter contas para pagar e estar com tudo programado, tudo "contadinho" e a gerente insiste em tirar o dinheiro da  conta e ele não consegue visualizar se pode ou não pagar determinada dívida.

- Cliente, qual o problema se o resgate é automático?

- Gerente, qual o problema da minha decisão de deixar  dinheiro parado na conta? Quando eu quero guardar alguma coisa coloco na poupança que não tem imposto de renda e até agora ninguém conseguiu me explicar como funciona essa aplicação automática, só me disseram que pago imposto de renda. Então, considerando que não gosto de coisas que não conheço, prefiro tomar a decisão sozinha.

E, segundo relatado, a conversa acima já ocorreu por mais de três vezes e na terceira a pessoa ainda foi meio deselegante. Ontem recebeu um sms informando sobre um crédito, respondeu que até segunda-feira veria o que poderia ser feito e recebeu um retorno "então vou colocar na aplicação automática" gerando mais uma deselegância "deixe na minha conta" com letras maiúsculas. Será que está difícil entender???

Alguém entende alguma coisa sobre essa aplicação diária? É realmente vantajosa para o cliente? Porque tanta insistência do banco?

Sinceramente, se isso ocorresse comigo talvez eu até trocasse de instituição financeira!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Quase comprei coelhos gigantes!!!

Em certo período eu decorava a casa no Natal e também na Páscoa. Certa feita fui até a loja de uma fábrica de chocolates onde também eram vendidos enfeites e fiquei apaixonada por um casal de coelhos quase da minha altura. Está bem! Para ser do meu tamanho não precisa muito, mas para coelhos o tamanho era imenso. Comecei a negociar com a dona da loja asilo para os bichinhos quando terminasse a Páscoa, pois eu não teria onde guardar os monstros. Não consegui o dito asilo e somente por isso deixei de adquirir essas preciosidades.

Hoje fico impressionada com minha idéia de consumo da época. Como alguém pode querer coelhos gigantes!

Lembrei dessa história porque estou em Curitiba desde quarta-feira e, como o local do curso mudou, fiquei em hotel diferente daquele que sempre escolho, aliás um hotel muito melhor e pelo mesmo valor considerando que estou dividindo com uma colega que também veio de Londrina.

Na rua desse hotel tem muitas lojas de decoração e tudo está lindo. Pratos com estampa natalina. Enfeites vermelhos e dourados. Caixas decoradas. Inúmeras peças de patchwork. E... tudo mais que você possa imaginar nessa época o ano. Resultado? Lembrei dos coelhos e saí ilesa. Nenhum item comprado. Mala com as mesmas coisas que trouxe de casa sem necessidade de utilizar o extensor.

A única coisa diferente foram as unhas que estavam comidas até quase o final em razão da ansiedade que passei nos últimos tempos e agora estão lindas. Unhas de porcelana que renderam boas risadas. Fui jantar com um colega e reclamei que ele nem notou minhas unhas, sendo que ele fez a seguinte observação:

- Mulheres usam unhas de porcelana e os homens não estão em aí...

Então tá, né? Coloquei as unhas para mim e não para quem quer que seja!

Dessa vez não reclamei de ter vindo. Até agora tudo ótimo, muita troca de conhecimento, almoços ótimos, jantares maravilhosos, companhias muito agradáveis.

E dia 21 preciso estar de volta. Penso que será mais um vez muito bom.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Um ano diferente...

Todos os comentários feitos no último post me fizeram pensar muito e concluir como estou errada. Fico falando que luto, grito e quero um mundo melhor, mas desde quando ganhamos todas as batalhas e desde quando conseguimos algo, que envolva uma coletividade, sozinhos? Então, não faz qualquer sentido deixar a situação tomar conta do meu físico e ficar com dores imensas.

Certamente não preciso controlar tudo. Posso me insurgir. Dar a notícia. Expor meu ponto de vista. Documentar a situação se necessário for. E... a coisa para por aí. Nada de interiorizar, ficar doente ou levar para meus relacionamentos pessoais a irritação e a frustração. Está aí, a resposta é frustração por não conseguir sempre a vitória, por não saber esperar até que o tempo dê a resposta.

É hora de acalmar e é isso que preciso treinar todos os dias daqui pra frente.

Outra coisa que preciso terminar, e até penso que está no final, é essa arrumação do apartamento. Em tese muita coisa seria desnecessária, mas daí não seria eu. Dia desses meu filho mais velho observou "mãe, você não tem fim. Termina uma coisa e já começa outra!" e o resultado foi essa frase martelando na minha cabeça com a razão concordando integralmente com as palavras dele.

Preciso acalmar isso também. Terminar até dezembro, falta pouquíssimo e outras coisas vou abrir mão, trocar meu ideal de perfeição pelo que ficar pronto e dar um grande tempo se faltar alguma coisa. 

Então, o que fizer pelo apartamento até o final de ano estará feito e o que não for feito somente mexerei novamente a partir de janeiro de 2015. Preciso de um tempo e 2014 será o ano sabático para as coisas da casa, nada será comprado e nada será modificado, exceto reparos urgentes e necessários. \

Preciso descansar da loucura que foi esse ano sem encontrar outra loucura para 2014. Dedicar o novo ano à saúde, alimentação correta, exercícios físicos, passeios com os filhos e também sozinha, viagens, leituras e filmes. Um ano diferente de todos que já tive. Quem sabe seja possível!!!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Enxaqueca e... frescura???

Ontem estava conversando com algumas colegas na sala do cafezinho e, como achei que estava ficando louca, perguntei:

- Será possível uma pessoa ficar com enxaqueca porque o vizinho que adora falou que teria que mudar os pendentes de lugar para colocar o sonhado lustre lindo em cima da mesa de jantar? Adoro meus pendentes e não quer trocá-los de lugar, mas sei que ele tem razão ou a solução seria não colocar o lustre, estou quase optando por isso! Pior é que isso está me dando enxaqueca!
- Olha, isso é totalmente normal, algumas pessoas ficam com enxaqueca, outras perdem o sono e isso acontece comigo, até mesmo por bobagens.
- Ainda bem que sou normal!

Mas, e sempre tem um "mas", quando minha cabeça dói a ponto de me incapacitar. Aliás, nem sei como cheguei em casa dirigindo.  E pensando, sabia que seria muita frescura ficar com essa dor imensa em razão de dois pendentes e um lustre. Continuei pensando e achei a razão real.

Existem na minha vida duas coisas sagradas: família e trabalho! Nesses dois casos quando vejo injustiças, tratamentos diferentes e situações esdrúxulas com certeza não consigo ficar quieta, demonstro minha insurgência onde quer que seja, buscando restabelecer a ordem e olha que no caso nem é uma coisa "da minha cabeça", o senso geral e a opinião das pessoas quanto à injustiça é unânime ou unânime entre os injustiçados que não são poucos!

A situação está ocorrendo no trabalho e não vou entrar em detalhes até porque seria deselegante e existe um ditado que diz "roupa suja se lava em casa". Somente estou mencionando o fato para tentar colocar para fora todo esse sentimento ruim que vem me "pegando" há mais de um mês quando o fato ocorreu e há mais de um mês venho me insurgindo sem qualquer resultado prático, sem qualquer solução das pessoas a quem cabe resolver o embroglio.

O mais engraçado é que ouvi de uma dessas pessoas "estou indo lá resolver o problema que você criou". Senhor! Não criei o problema, o problema foi criado, caiu justo no meu colo e eu não aceito a forma como a coisa toda foi feita! E ainda ouço que criei o monstro! Paciência tem limites!

Pois bem. A questão é aceitar que não posso controlar tudo, que muitas coisas escapam ao meu controle, que diretamente não estou sendo afetada de uma forma que possa me prejudicar, que em tese não teria nenhum interesse em defender essas pessoas que estão sendo preteridas, enfim, deveria aceitar que o mundo é assim mesmo: injusto! 

Deveria aceitar que existe uma razão para essas pessoas serem prejudicadas, para que uma comunidade inteira fosse tratada de forma desigual, porque afinal nesse mundo "uns são mais iguais que os outros".

A dificuldade é que não aceito, levanto bandeiras, boto a boca no trombone literalmente e hoje em dia ao invés de sentir fortes dores na coluna sinto são fortes dores de cabeça, enxaqueca da braba, daquelas que não consigo fazer nada.

Tenho que tirar um tempo para pensar e descobrir uma forma de lutar sem prejudicar minha saúde. Afinal, também existem lutas que perdemos e essa está parecendo uma batalha perdida. Logo, o que não tem solução, solucionado está e a cabeça tem que ficar lá, linda, sem dor!!!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Para os jovens...

Dificilmente posto um texto que eu não tenha escrito, mas esse que acabei de ler gostei demais talvez porque tenho um filho de trinta anos e às vezes o veja meio infeliz e insatisfeito. Boa leitura para quem se interessar e no final do texto algumas sugestões para lidar com a situação.

Porque os jovens profissionais da geração Y estão infelizes

 




domingo, 3 de novembro de 2013

Há muito não peço nada...

Muito tempo se passou desde que parei de pedir isso ou aquilo para o universo, de desejar que as coisas acontecessem assim e assado, de pretender dominar todas as situações, pelo menos não do jeito que eu pedia.

Fazia pedidos para os anjos, lia tarot tentando adivinhar o futuro, acendia velas na vã tentativa de fazer meu caminho exatamente como eu queria, olhava para minhas imagens de Santa Bárbara e dizia que era para me livrar de pessoas e situações complicadas, rezava em frente ao Sagrado Coração de Jesus, sempre lembrando minha bisavó, querendo que coisas ruins se afastassem, lia tantos livros de autoajuda quantos eram lançados.

Penso que tudo isso foi importante para chegar onde estou e para concluir que não preciso de nada disso. Preciso é acreditar em mim. Desenhar um caminho e seguir por ele sem olhar para o que já passou. Deixar de ser vítima das pessoas para me tornar protagonista da minha própria história.

Ter objetivos claros é muito importante e mais importante ainda é tomar atitudes que levem à concretização do que quero.

Hoje já não peço nada, apenas realizo!

sábado, 2 de novembro de 2013

Financiamento habitacional x poupança x aluguel

Conheço uma pessoa que financiou uma pequena parte de um imóvel, aproximadamente R$ 50.000,00 em infindáveis anos. Pagava R$ 980,00 a título de prestação e recebia R$ 1.000,00 a título de aluguel. Então, como não estamos acostumados a fazer contas poderíamos pensar que o imóvel estava se pagando com o aluguel. O melhor seria deixar tudo quieto.

Ocorre que a pessoa comentou ter conseguido, após o financiamento, juntar dinheiro equivalente e estava deixando esse valor na poupança. Em uma visão simplista chegaríamos à conclusão de que nesse caso estava recebendo o rendimento da poupança e estava tudo bem. O valor médio pago pela poupança é de 0,5% ao mês.

Pedi que fizesse as contas comigo.

Rendimento da poupança: R$ 250,00
Aluguel: R$ 1.000,00
Valor recebido mensalmente: R$ 1.250,00
Deduzida a prestação de R$ 980,00 teríamos de lucro: R$ 270,00

Fiz essa conta para a pessoa e ponderei que pagando o financiamento receberia líquido o valor de R$ 1.000,00 e em razão disso estava perdendo com o dinheiro na poupança R$ 750,00 mensais ou R$ 7.500,00 anuais (valor do aluguel deduzido o rendimento da poupança que deixou de existir).

É impressionante como não paramos para pensar em dinheiro e investimentos e lucros. Assim foi feito e agora o dinheiro deixará de ir pelo ralo.

Você tem alguma situação em que pensando poderia deixar de gastar menos ou ganhar mais?

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

E o reino tão tão distante está aqui...

Queria muito uma mesa de jantar para seis pessoas porque aquela do apartamento está pequena. 

Havia escolhido a tal mesa, toda de vidro e ela estava na categoria "tão tão distante". Além de cara, não era uma prioridade. Teria que fazer uma baita economia e com certeza, ao ter o dinheirão que ela custa, eu aplicaria em outra coisa ou deixaria na poupança. Inacessível!

Um dia meu vizinho convidou para um churrasco na laje. No prédio esses encontros são comuns, mas eu nunca tinha conseguido ir. 

Cheguei no apartamento lindo dele e o que vejo? A dita mesa tomando conta da sala de jantar. Comentei com um amigo em comum sobre meu "sonho" e que eu achava que não ia passar disso. Surpresa! Indicação da vidraçaria e 1/4 do valor pedido pela loja.

Não posso mais mexer na reserva e também não poderia perder a oportunidade, então aceitei atuar como professora-observadora na próxima semana.

Para completar faltavam as cadeiras e lá vieram os preços absurdos novamente.

Estava no shopping com as crianças e pedi para me acompanharem em lojas de decoração, somente ver as vitrines. Ao chegar na última antes de ir embora encontro meus dois amigos, um fica conversando e o outro entra na loja. Fomos para a loja também encher a paciência dele e ele começa a escolher cadeiras com a Izabel, negociar preço, definir o tecido e a cor dos pés. Eu só olhando e rindo! Quando os dois resolvem passar o preço verifico que era metade do valor das outras lojas e até da internet.

Meu amigo, arquiteto, ainda falou: 

- Ela vai fazer para você o preço à vista em dez vezes sem juros!
- Tenho pânico de prestação, vamos fazer para o vencimento do cartão mesmo!

Cheguei a ter enjôo quando ele falou em parcelamento porque se não pudesse comprar à vista certamente iria esperar até juntar todo o valor necessário.

Sala de jantar pronta e agora estou no final da minha maratona. Só não coloco fotos porque vai demorar quarenta e cinco dias para chegar.

É fantástico saber que existe uma reserva que até poderia ser utilizada, mas não será. Muito bom ter feito o primeiro "ano sem compras" e ele ter me levado à uma vida em que posso realizar sonhos sem comprometer o orçamento. Ótimo estabelecer prioridades e poder deixar minha casa, lugar onde passo mais tempo, exatamente como quero, embora possa parecer desncessário para outras pessoas para mim é muito importante.

Para quem está começando nesse caminho do consumo consciente só tenho uma coisa a dizer: tenha paciência, persevere, equilibre seu orçamento, reserve valores para os sonhos, faça uma poupança, corra atrás da carreira que você quer e o tempo lhe devolverá tudo de melhor exatamente como você sempre sonhou!