terça-feira, 5 de novembro de 2013

Enxaqueca e... frescura???

Ontem estava conversando com algumas colegas na sala do cafezinho e, como achei que estava ficando louca, perguntei:

- Será possível uma pessoa ficar com enxaqueca porque o vizinho que adora falou que teria que mudar os pendentes de lugar para colocar o sonhado lustre lindo em cima da mesa de jantar? Adoro meus pendentes e não quer trocá-los de lugar, mas sei que ele tem razão ou a solução seria não colocar o lustre, estou quase optando por isso! Pior é que isso está me dando enxaqueca!
- Olha, isso é totalmente normal, algumas pessoas ficam com enxaqueca, outras perdem o sono e isso acontece comigo, até mesmo por bobagens.
- Ainda bem que sou normal!

Mas, e sempre tem um "mas", quando minha cabeça dói a ponto de me incapacitar. Aliás, nem sei como cheguei em casa dirigindo.  E pensando, sabia que seria muita frescura ficar com essa dor imensa em razão de dois pendentes e um lustre. Continuei pensando e achei a razão real.

Existem na minha vida duas coisas sagradas: família e trabalho! Nesses dois casos quando vejo injustiças, tratamentos diferentes e situações esdrúxulas com certeza não consigo ficar quieta, demonstro minha insurgência onde quer que seja, buscando restabelecer a ordem e olha que no caso nem é uma coisa "da minha cabeça", o senso geral e a opinião das pessoas quanto à injustiça é unânime ou unânime entre os injustiçados que não são poucos!

A situação está ocorrendo no trabalho e não vou entrar em detalhes até porque seria deselegante e existe um ditado que diz "roupa suja se lava em casa". Somente estou mencionando o fato para tentar colocar para fora todo esse sentimento ruim que vem me "pegando" há mais de um mês quando o fato ocorreu e há mais de um mês venho me insurgindo sem qualquer resultado prático, sem qualquer solução das pessoas a quem cabe resolver o embroglio.

O mais engraçado é que ouvi de uma dessas pessoas "estou indo lá resolver o problema que você criou". Senhor! Não criei o problema, o problema foi criado, caiu justo no meu colo e eu não aceito a forma como a coisa toda foi feita! E ainda ouço que criei o monstro! Paciência tem limites!

Pois bem. A questão é aceitar que não posso controlar tudo, que muitas coisas escapam ao meu controle, que diretamente não estou sendo afetada de uma forma que possa me prejudicar, que em tese não teria nenhum interesse em defender essas pessoas que estão sendo preteridas, enfim, deveria aceitar que o mundo é assim mesmo: injusto! 

Deveria aceitar que existe uma razão para essas pessoas serem prejudicadas, para que uma comunidade inteira fosse tratada de forma desigual, porque afinal nesse mundo "uns são mais iguais que os outros".

A dificuldade é que não aceito, levanto bandeiras, boto a boca no trombone literalmente e hoje em dia ao invés de sentir fortes dores na coluna sinto são fortes dores de cabeça, enxaqueca da braba, daquelas que não consigo fazer nada.

Tenho que tirar um tempo para pensar e descobrir uma forma de lutar sem prejudicar minha saúde. Afinal, também existem lutas que perdemos e essa está parecendo uma batalha perdida. Logo, o que não tem solução, solucionado está e a cabeça tem que ficar lá, linda, sem dor!!!

6 comentários:

  1. Bom dia querida!
    Lendo a sua história de hoje, deixei minha intuição fluir.
    Acredito piamente que nada tem a ver com o lustre, ou com a opinião do vizinho.
    Houve um tempo, em que era incomodada diariamente com dores de cabeça. Só aliviava com o relaxante muscular (dorflex). Aquilo não era normal, concorda?

    Procurei um oftalmo. Óculos em dia. Pressão ocular Ok. Nenhum sinal de glaucoma (herança de família), que eu ainda não herdei, graças à Deus.

    Por sugestão do oftalmo, procurei um bom dentista.
    Tirou um raio-x e...bingo!
    Meu dente do siso estava brigando por um espaço que não existia.
    Ele estava empurrando os outros molares para poder "aparecer".
    E isso leva anos, até que a forte pressão entorta a raiz do vizinho.
    Vi, no raio-x que meu último dente mais parecia uma cenoura. Não daria nem para fazer canal, caso precisasse. Não tinha passagem nem para a agulha.
    Ele foi sacrificado (extraído). E o siso pôde aparecer, belo e formoso.

    Enfim, isso foi há pouco tempo. Meu envelope de Dorflex até venceu dentro da bolsa. Fiquei muuuito aliviada.

    Saúde prá você!

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    1. Zilda, estou precisando fazer meus exames anuais... vamos ver se consigo organizar isso... mas o dentista já foi, certo que com notícias não muito boas e coisas que devemos aceitar!!! Então, parece que a coisa está normalizando!

      Beijos

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  2. Querida Ziula
    Na minha opinião, o que causa a dor de cabeça é controlo. Quero controlar uma situação para que ela tenha o resultado desejado por mim!
    Acho que deve continuar a agir da forma que é correta e ética para si.
    Contudo, não se apegue (emocionalmente) às ações de outras pessoas nem aos resultados da situação. Isso nós não podemos controlar... Ninguém pode controlar os outros. Só podemos responder por nós próprios.
    O ideal (se é que existe ideal...) é fazer o que você acha correto e "entregar", abrir mão do controlo da situação.
    Sinta-se bem por agir de acordo com os seus valores.
    Abra mão, entregue, deixe o resto fluir.
    É muito fácil dizer, não é?!
    Para mim também não é assim tão linear... mas às vezes já vou conseguindo!
    Outras vezes fico com insónia, zangada... E vamos caminhando...
    Boas Melhoras

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    1. Ana Margarida, você tem razão! Como eu tenho mania de tentar controlar tudo, mas já estou em uma fase que estou tentando controlar minha mania de controle, deixando as coisas correrem mais soltas, esperando que as pessoas façam sua parte. Quem sabe funcione!

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  3. Ontem eu estava falando com uma colega e ela falando que odiava trabalhos em grupos pois na graduação já tinha levado um zero sendo que foi a única que fez o trabalho e dai repassou para o grupo que repassou para o restante. Na hora do vamos ver a professora deu zero e quando disseram que essa colega que tinha feito, o zero apenas passou a ser motivado. E então ela estava me falando que preferia fazer sozinha porque ninguém faz mas que só entregava na hora para o grupo.

    Bem, dai eu disse que isso tinha dois lados e que apesar de geralmente ser isso que ela falou de não fazerem, era importante cobrar um trabalho em equipe não para nota lá mas pra vida, para o lado profissional que geralmente temos que trabalhar em equipe, ninguém faz 100% tudo sozinho.

    Talvez esse problema que tenha resultado na dor de cabeça forte foi justamente esse, de carregar peso demais. Outras pessoas tem voz também. Não tá dando certo tomar a frente, paciência, faz um pouco, alerta outros com a mesma voz e dai talvez a coisa funcione. Se não, fica tranquila que fizeste a tua parte, isso pra mim não é aceitar injustiça, muito longe.

    Agora pelo lustre de vizinho não né...kkkkk, dai seria demais!!! kkkkk

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    1. O trabalho em equipe é uma coisa que também demorei para aceitar... hoje em dia aceito ajuda e consigo dividir tarefas, embora ainda me sobrecarregue com coisas que preciso fazer sozinha, por exemplo, audiëncias: quando cheguei em Londrina havia três pautas (três períodos) e já consegui aumentar para cinco (segunda à tarde, quarta o dia todo e quinta o dia todo), isso quando não fico mais louca ainda e marco para terça... isso gera sentenças e tudo isso gera estresse porque ainda tem despachos, execuções, atendimentos de advogados e servidores, problemas administrativos e minha vida... sim, existe vida além do trabalho!!! rsrsrsrs... de qualquer forma, está indo razoavelmente bem... embora eu ainda tenha que acalmar um pouco...

      ai, o lustre!!!! vou pensar em 2014... rsrsrsrs

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