sábado, 7 de dezembro de 2013

Indignada...

E... ou as pessoas perderam o poder de indignação ou não há mesmo o que fazer...

Viajamos para Gramado com uma turma de onze pessoas e conhecidos de uma dessas pessoas vieram e ficaram em outro local, embora façam alguns passeios com a gente.

Pois bem. Hoje voltando de um passeio onde foi um menino de doze ou treze anos, desacompanhado da mãe, quando chegamos no hotel olhei no banco da van e vi cinquenta reais, pensei que era do menino e perguntei: é seu? Ele disse que era e imediatamente colocou o dinheiro no bolso.

Já ao descer eu vi que havia algo errado e fui perguntar para uma colega quais eram as pessoas sentadas ao meu lado. Ela respondeu: você, depois o menino e no último banco eu. Questionei se ela havia perdido cinquenta reais e ela disse que realmente estava procurando esse dinheiro e não achava.

Corri até o menino que a essas alturas já estava acompanhado da mãe e disse:

- Esse dinheiro que você pegou não é seu!

Ele respondeu ser o dono do dinheiro e que esse valor tinha sobrado do passeio. A mãe nada disse e tacitamente concordou com o filho. Fosse filho meu eu teria questionado os gastos e até revistado a criança para verificar se a educação que estou dando realmente está surtindo efeito. Ela não fez nada disso.

Conversei com as outras pessoas que estavam esperando longe e todos disseram que o dinheiro não era meu, que eu não tinha nada com isso, que não era para me meter e me estressar. Recebi olhares de total desaprovação, ou seja, que minha colega se virasse sozinha e a essas alturas ela, bem decepcionada, disse que era para deixar pra lá.

Eu não consigo aceitar uma coisa dessas!!!


12 comentários:

  1. Olá Ziula. Uma pena mesmo esta mãe não ter dado o mínimo exemplo a este adolescente questionando sobre o dinheiro. Provavelmente, ele achou a conduta natural e continuará repetindo em outros contextos. Lamentável. Felizmente nem todos são assim, mas ainda restam poucos. Abraços.

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    1. Cecília, no final ficou assim dinheiro devolvido e ninguém questionou a criança. Lamentável mesmo!!!

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  2. A coisa está assim agora. Basta ver no noticiário a quantidade de eventos em que mães/pais vão até os colégios questionar e agredir os professores após só terem ouvido o lado dos filhos e aquelas "xurumelas" de sempre sobre a culpa dos professores nas notas baixas, "perseguições" imaginárias etc. É a verdadeira Era dos Monstros.

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    1. Gabriela, quem tem filhos tem que ficar muito atenta!!! É o que tento fazer!!!

      E quanto aos professores sempre ensinei que autoridade deve ser respeitada e professores representam a autoridade na sala de aula, nunca tive problemas!!!

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  3. É uma coisa complicada mesmo, se acontecer novamente espera estar todos na van e comunica ao motorista que foi achado no banco tal coisa, assim evita que não donos deem como seus, pois na frente de todos acredito que a pessoa tenha um pouco mais de vergonha de se adonar de algo que tem outro dono.

    Mas acho que a pessoa que perdeu que deveria tomar a frente, com todo apoio, mas eu não acho que vale se estressar tomando a frente se a pessoa interessada ficar silente e dizendo que está tudo bem.

    É uma atitude lamentável do guri e da mãe dele, se por acaso fosse meu filho também tomaria atitude diferente e faria devolver imediatamente e que pedisse desculpas ainda, mas alguns pais acham que proteger é apoiar qualquer coisa que façam, inclusive as erradas.

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    1. Tem coisas que me acontecem uma vez na vida... rs... depois evito!!!

      Eu sempre me preocupando com os outros!!! A pessoa não queria confusão e depois ficamos quietas... no final se resolveu, mas não se esclareceu.

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  4. Qrda Ziula:

    No teu lugar, eu teria feito o que já fiz algumas vezes e que funciona muito bem, sobretudo com algumas crianças e jovens: ameaçá-lo-ia com... a vida! Ou seja, dir-lhe-ia que não se esquecesse nunca deste momento, porque, mais tarde ou mais cedo, o futuro lho iria cobrar e de tal forma que então ele se iria arrepender amargamente! E sublinharia ainda, apelando à autoridade de um adulto que já viveu muito, que a vida dá muitas voltas e que, naquela situação quanto mais ele se sentisse satisfeito consigo próprio, tanto mais o futuro lhe viria roubar essa satisfação, fazendo-o pagar a dobrar e até às lágrimas, transformando-a em sofrimento,e mais, sem qualquer possibilidade de perdão!

    Depois, voltava-lhe as costas, respirava fundo e aquietava o meu coração. As ações ficam (e devem mesmo ficar com quem as pratica, quer as pessoas se dêm disso conta ou não. Por isso é bom recordarmos-lhes este simples facto, que também ajuda a nos libertarmos do sentimento de injustiça e de impotência que tantas vezes toma pode tomar conta de nós.

    Como vês, querida Ziula, compreendo-te muito bem :) Bjs

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    1. Sempre aprendendo com você e espero nunca mais me envolver em uma situação dessas, se infelizmente acontecer certamente farei o que você falou!!!
      Beijos

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  5. Lastimável. Concordo com a Maria Zinom. Ninguém fica devendo nada a ninguém, pois a vida o fará pagar ali na frente. Nem sempre na mesma moeda (dinheiro). Infelizmente algumas pessoas não acreditam nisso.
    Aquiete o seu coração. Sua colega perdeu só uma nota, e o menino, que perdeu a chance de ser honesto!
    Lamentável!

    Beijos

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    1. Zilda, espero que a vida ensine e que eu não precise mais cruzar com pessoas assim. Por outro lado, penso que a vida me apresenta essas situações para que eu aprenda a ficar somente com meus problemas, coisas que ainda não aprendi!
      Beijos

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  6. Só posso lhe dizer que voce deve ficar de consciencia tranquila porque tentou o que pode, não só pela educação do menino, como por puxar pela disciplina da mãe e ajudar sua amiga. Resta esperar que esse menino passe por alguma situaçao q o faça arrepender-se, afinal ele não tem culpa, olhando para a mãe compreendemos a falta de modelo para ele entender o certo e o errado...

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    1. Fiz minha parte e talvez mais do que deveria... e o tempo que se encarregue dessa família!

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