quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Que tanta louça você tem para lavar?

Uma moça que trabalhava comigo e fazia o almoço ficava na cozinha até às 16h00 lavando a louça, outra ficava até às 15h00 e eu quando cozinhava no domingo, aliás praticamente único dia que eu cozinhava na casa antiga, sentava para tomar o cafezinho depois do almoço já com a cozinha limpa.

O que será que acontece? Bem, já vi cascas de frutas e legumes na pia, literalmente dentro da pia, panelas, vasilhas e tudo mais amontoado, depois do almoço vinham os pratos, panelas e travessas tornando aquilo realmente um caos.

Tenho pavor de cama desarrumada e pia com louça por lavar!!!

Agora que tenho que arrumar a cama, já faço essa atividade enquanto o Pedro toma banho.

Quanto à pia continuando adotando o mesmo procedimento. Tirar a casca de legumes e frutas já colocando sobre um papel (jornal ou papel toalha), jogando no lixo imediatamente após terminar e antes mesmo de colocar o alimento na panela.

Também vou lavando cada panela ou vasilha ou escorregador logo que deixo de usar. Na casa nova não uso mais travessas, sirvo os pratos individuais na cozinha eliminando assim as travessas.

Os potes de mantimentos ou caixas com algum produtos ou são guardados em seguida do uso ou lavados para o lixo reciclável, tudo isso enquanto alguma coisa frita ou cozinha.

Assim, quando o almoço termina tenho pratos, copos e talheres, tarefa que é feita em poucos minutos, não colocando toda louça da pia, mas na ordem acima e por último travessas e panelas que tenham sobrado. 

E a limpeza do fogão? Ora, ora, sábado existe para isso ou qualquer outro dia, mas apenas uma vez por semana se você conseguir cozinhar sem fazer muita lambança e, ainda, se usar os protetores que uso talvez dê para ficar até mais tempo sem limpar. Isso não é um publipost, apenas um produto que utilizo.

Se estou muito cansada até deixo a louça do jantar para a manhã do dia seguinte, entretanto, seguindo o mesmo esquema de limpeza durante a preparação, consigo lavar enquanto esquento a água para passar o café.

Então, realmente não consigo compreender as pessoas que levam décadas na cozinha para terminar de lavar louças de apenas uma refeição!!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pânico? Chame "As Marias"!!!

Dois dias de rotina quase normal. Pedro começou as aulas.

Lava louça, faz comida, arruma a cama e a coluna já começou a dar sinais negativos. Depois da crise que tive decorrente do nervoso da mudança agora está começando aquela dor constante e tenho certeza de que é postural, não estou acostumada a ficar tanto tempo em pé.

Então restam duas providências:

- Pilates - tem uma clínica na esquina e hoje mesmo ligo ou vou até lá. O último médico falou que eu caminharia até os 50 anos e essa previsão está completamente errada, mas sei que tenho tomar providências e de forma urgente mesmo porque já estou com 47 anos (rs).

- "As Marias o Esquadrão de Limpeza de Londrina"- isso não é um publipost, nem experimentei o serviço, só fui informada de que é muito bom, mandam duas pessoas e em quatro horas a casa está limpinha. A virtude está no meio, como dizia minha avó, e a impressão que tenho é que se me tornar uma super mulher, inclusive fazendo limpeza pesada, serei assim por pouco tempo, pois minha saúde não permite. Bem, vou utilizar esse serviço uma vez por semana até que minha coluna alinhe.

Novidades boas. Segundo dia de aula e Pedro falou que está adorando a escola. Glória a Deus! Menos uma preocupação. Também no serviço está melhorando, agora que o pessoal voltou das férias tudo está se encaminhando.

Hoje vem o senhor das cortinas e espero que ele tire o quanto antes o sol da tarde da minha janela. Detesto sol da tarde batendo na janela e deixando tudo fervendo à noite. Mais uma situação temporária, pois o sol da manhã me espera em abril desse ano.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Idéias para refeições

E vamos tentando cozinhar em casa, algumas idéias que poderão ajudar outras pessoas e sempre aceitando novas idéias que possam me ajudar:

- Feijão - vou tentar as duas sugestões das leitoras feitas no post anterior (deixar de molho com gotas de limão na noite anterior e depois cozinhar, cozinhar direto), também pretendo congelar sem temperar para ver se o Sr. Pedro come;

- Alface - lavei dois pés de alface e já deixei picado, assim é só comer. Sei bem que as folhas de alface devem ser dobradas no garfo para comer e não cortadas, mas é exigir demais das crianças.


- Frango - cozinhei dois peitos na panela de pressão com um tablete de caldo de galinha, desfiei, guardei em embalagem plástica formando um retângulo, dividido em quatro porções. Esse frango pode ser usado em pratos quentes ou para salada.

- Arroz - cozinho o suficiente para dois dias e tem ficado bom.

- Carne - já compro embalagens prontas (carne moída - o famoso guisado, né Adriana?, picada para ensopados, bifes) com 500 gr que é suficiente para que eu Pedro fiquemos satisfeitos, vamos ver depois que Izabel chegar.

- Molho vermelho e branco em embalagens já prontas, embora sempre dê uma temperada.

- Cebola e alho picados em quantidade para ser usada na semana - ninguém merece picar cebola e alho todos os dias ficando com aquele odor maravilhoso nas mãos.


- Alguns legumes compro já cortados, por exemplo a abóbora, mas evito porque não consigo me convencer que isso é muito higiênico.

E sigo aceitando sugestões, não esqueçam!!!

Olhem o almoço de hoje:




As fotos não ajudam muito, só sei dizer que estava bem gostoso. Tenho levado os pratos já servidos individualmente para a mesa evitando assim sujar travessas.

O que eu fui fazer?

E aí vem pensamentos desse tipo mesmo: o que eu fui fazer? 

Com uma vida organizada, filho adaptado na escola, outro filho em casa, ajudante ótima, casa pronta e onde estou agora? Em uma casa pequena, com um filho reclamando que quer os amigos e a escola de Cornélio, outro perguntado porque eu tinha que mudar, comida por fazer, casa por limpar, roupa para lavar e passar...

A Izabel foi omitida propositalmente no parágrafo anterior. Senhora do mundo e com certeza desejaria a cada dia estar uma cidade diferente.

Parece até que estou me queixando, não é mesmo? Até acordei hoje de madrugada com enxaqueca e sem conseguir dormir mais.

Bem, o resultado é que tive uma conversa muito séria comigo mesma e tenho a única certeza que tenho é de ter tomado a decisão correta, sei que quero viver assim, só estou resistindo por mania de resistir e tenho que mudar isso.

Apesar de todos os percalços, o primeiro dia de rotina diferente foi ótimo. Coloquei o feijão para cozinhar. Detalhe, o Pedro somente come feijão cozido no dia, diz que feijão do dia anterior ou congelado tem gosto de geladeira e fica com o caldo grosso. O certo é que ele vai ter que mudar o paladar (rs). O feijão torrou na panela, simples assim. Não desisti e lá foi o feijão para a panela novamente, segundo o Pedro ficou duro. Comprei uma panela de pressão para ver se melhora!

Encontrei uma conhecida no shopping e comentei que tinha vindo para Londrina e da intenção de ficar sem empregada. Ela mencionou ser muito bom chegar em casa e ter tudo pronto. Fiquei pensando que talvez a solução fosse contratar alguém. Cheguei no trabalho e conversei com uma colega. Essa já disse que está sem ninguém e tem sido ótimo. Vai saber!!!

Por enquanto vou levando e tentando achar soluções. Um pacote de frango cozido na panela de pressão e congelado em porções para fazer salada com alface americana. Uma coisa aqui outra ali.

Antes que eu esqueça. Gambiarra nunca dá certo. Lembram da cortina? Não corria no trilho de tão ruins que eram as roldanas de plástico. Comprei roldanas de metal e não entram no trilho. Cortina guardada e chamei um senhor que faz cortinas para ver se consigo instalar uma que já tenho.

Se alguém tiver sugestões de rotinas domésticas pode mandar!!! Vou precisar!!!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cartão de crédito, onde está a fatura?

Tinha conta em dois bancos. Uma dificuldade para fechar a contabilidade no final do mês, dois extratos, essas coisas. Fechei a conta em um deles e mantive os cartões de crédito, sendo que um deixou de ser usado e o outro disponibilizei para meu filho mais velho. Fatura chegando direitinho e bem antes do vencimento, observando que o valor a pagar nunca é alto.

Pois bem. Resolvi tirar do débito em conta o meu cartão de crédito do banco que ainda trabalho em novembro, já contei por aqui. Dezembro não recebi a fatura para pagamento, mas liguei para o banco pedindo que o funcionário debitasse na minha conta porque eu estava viajando e deu tudo certo. Janeiro a mesma coisa, sendo que o funcionário informou que as pessoas que não tem débito em conta enfrentam essa dificuldade.

O que quer meu banco ou a operadora de cartão? Cobrar juros me obrigando a atrasar? Pago não e já pedi para colocar em débito automático novamente.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Destralhe - quarto preto

O quarto preto é um "quarto de bagunça" e biblioteca, mas é tão organizado que é possível receber visitas e hospedá-las nele, ou pelo menos era assim um dia.

Cheguei de viagem e a Emília havia gentilmente recolhido todos os enfeites de Natal, inclusive a árvore. O que eu não sabia é que ela simplesmente colocou na cama e no chão do quarto preto. Depois, pedi para que o Renato buscasse minhas coisas no antigo trabalho e para minha surpresa tudo foi colocado em sacos de lixo pretos.

Logo, tudo foi entulhado com o que já estava fora do lugar e o quarto ficou lindo. Olhando esse local era difícil encontrar coragem para mexer.

 




Alguns dias mais tarde resolvi tomar coragem e muita coisa foi embora, inclusive os quadros que pintei e alguns enfeites somente utilizados em datas festivas:
















Ficou assim, só esqueci de fotografar a parede ontem um um roupeiro que serve para guardar "coisas", "caixas" e itens que ainda não consegui jogar fora, além de muitos livros, espero com o tempo conseguir destralhar bem mais:



















Bem melhor não é mesmo? E lá vem a leitora escandalizada achando que sou a pessoa mais organizada da face da terra. Sou mesmo, embora escorregue de vez em quando.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Déjà vu ou Déjà vi??? Vê se me esquece!!!

E como estamos em um blog que se tornou praticamente autobiográfico, vamos à mais uma história.

Falei por aqui sobre os vários fatos que estavam acontecendo depois que finalmente decidi ir embora de Cornélio Procópio para Londrina, tais como, ter voltado à mesma sala de trabalho que ocupei na chegada e depois de praticamente quatorze anos, ser obrigada agora em janeiro a ficar hospedada no mesmo hotel que estive por mês quando da chegada. 

Ontem a situação foi um pouco mais grave. Quando cheguei em Cornélio, nos início de 1999, penei quase um ano entre internações e altas, tudo em razão da minha coluna ou quase tudo.

Já na chegada comecei a sentir dores terrríveis nas costas. Passei por alguns médicos e terminei em Porto Alegre com o médico que operou minha coluna duas vezes quando eu tinha quinze anos. Hospital Moinhos de Vento em quarto cinco estrelas por ele ter dito para a atendente que eu "podia" pagar. Uma semana e R$ 14.000,00 na época. Exames e mais exames. Diagnóstico câncer na coluna que precisaria ser operado.

O médico recomendou que antes da cirurgia eu fizesse um tratamento psiquiátrico por entender que eu estava desiquilibrada. Fui para a casa da minha vó. Psiquiatra atendendo em casa a pedido do meu tio. Medicação. Dores lancinantes nas costas. Dois dias depois de chegar na casa da minha avó, de madrugada, tirei anel, brinco e todos os demais acessórios, pedi que me levassem para o hospital e achei que de lá não voltaria.

Deitada no chão do carro no banco traseiro. Hospital Ernesto Dornelles, é um hospital público dos servidores estaduais. Médico residente de plantão. Anamnese básica. Sala de cirurgia. Apendicite aguda já suporada. Alívio. No dia seguinte não tinha mais dores, nem mesmo no local da cirurgia.

O médico da coluna veio visitar e disse que o importante era nossa amizade. Consultei um médico perito após sair do hospital e contei sobre o exame de sangue alterado já no primeiro hospital, falta de anamnese pelo primeiro médico e todos os demais fatos. Ele, o perito, simplesmente disse que na condição de juíza eu havia induzido o médico da coluna a erro, considerando que se uma juíza diz que tem dores nas costas é porque o problema é na coluna.

Voltei ao médico da coluna e ele ainda cobrou R$ 2.000,00 após o escancarado erro médico, observando que precisa cobrar porque tinha um filho estudando na Alemanha.

Durante o tempo que eu estava em Porto Alegre o Renato com 16 anos ficou sozinho em Cornélio, uma cidade então estranha, sem parentes e sem amizades fomadas. Ele tinha aula. Izabel ficou com o pai em Curitiba.

Saí de lá desolada e decidi não processar o médico. Muito tempo depois, já passado o prazo prescricional da ação, me dei conta de que o perito estava na realidade ironizando e se eu quisesse poderia ter resolvido essa situação na Justiça até para que o médico tivesse mais responsabilidade nos atendimentos posteriores.

Bem, depois desse fato as dores na coluna voltaram e ficaram por mais um ano. Hoje penso que foi uma soma de fatores, o câncer que eu não tinha, culpa por meu filho ter ficado sozinho, trabalho para colocar as atividades profissionais em patamares que eu pudesse aceitar, pois era tudo diferente da forma como procuro levar.

 Precisei fazer um tratamento em Londrina, duas vezes por semana, soro que fazia com eu exalasse cheiro de milho, acupuntura e uma erva chinesa que tinha o mesmo efeito da morfina.

Enfim, depois de um tempo fiquei curada quase que completamente, dores pequenas e quando travava em raras oportunidades duas cápsulas de erva resolviam o problema e vinte minutos depois estava boa.

Há anos eu não travava mais e não tomava qualquer medicação. Pois bem. Ontem travei feito e precisei tomar duas cápsulas da tal erva em três horários diferentes. Só doía quando eu respirava e precisei ficar deitada praticamente o dia todo. Complicado e apavorante.

Somente à noite me dei conta de que estava repetindo o mesmo caminho de quando cheguei em Cornélio para brindar a chegada à Londrina. Conversei muito comigo mesma e hoje já acordei bem melhor, não totalmente sem dor, mas sem aquela dor incapacitante.

Penso que agora encerrei meu ritual de "déjà vu" e nada mais quero repetir.

Logo volto com os posts sobre consumo, ano sem compras e minimalismo, por enquanto estou perdida em lembranças e não pensem que são lembranças que me fazem algum mal, pelo contrário, apenas representam um longo aprendizado. Hoje sei que não devo me punir nem deixar qualquer possibilidade para sentir dores ou ir para o hospital.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Saudade e experiências

Senti uma saudade imensa de experiências passadas e que com certeza me fizeram a pessoa em transformação que sou hoje.

Acho que foi o vestido de noiva o culpado pelas lembranças.

Casei e por força das circustâncias morávamos em uma casa que era um apartamento dividido ao meio e sem área de serviço. Tanque instalado no banheiro. Renato nasceu, eu tinha 17 anos. Um dia eu e o pai tivemos a feliz idéia de dar banho no tanque, o pequeno escorregou e consegui pegar pelas perninhas. Fiquei chacoalhando para ele desafogar. Exagero! nem estava afogado e nem sei se tinha tomado água. Bem, até hoje ele tem pavor de barco, navio, mar.

Na realidade a lembrança foi inicialmente de outras dificuldades que passei e para as quais utilizei algumas habilidades aprendidas nas aulas de educação para o lar. Sim, havia essa disciplina onde aprendíamos a cuidar da casa e outras prendas domésticas.

Cursando a faculdade de direito eu precisava encontrar uma fonte de renda minha. Fazia bombons, torta fria de maionese com frango ou atum e vendia. Fui sacoleira vendendo roupas com rendas de Fortaleza e depois roupas compradas em Santa Catarina. Também vendi Avon e Natura. Decorava cadernos de receitas com feltro e juta também para vender.

Tranquei a faculdade e fui para São Miguel do Oeste, fronteira com a Argentina, e lá fazia comidas congeladas para vender, principalmente massas. Mães vinham comprar e traziam a caixa de isopor para que pudessem mandar para os filhos que estudavam fora. Tive também um restaurante e além de servir jantar fazia chá para Rotary e Lions.

Passado um tempo fui aprovada no vestitular para administração e consegui um estágio em um banco. Meu chefe xingava toda vez que eu encontrava o nome de alguém negativado e não era para encontrar. Cansei daquilo. Precisava cumprir quatro horas por dia e cumpria sete horas. Enfim, essa situação fez com que decidíssimos que eu voltaria para o Rio Grande do Sul terminar a faculdade.

Meu marido resolveu que poderia fazer a faculdade, mas não poderia morar em Passo Fundo, deveria morar em Lagoa Vermelha e dois anos de faculdade seriam feitos em apenas um. Saía de São Miguel do Oeste-SC no domingo à noite, chegava pela manhã em Passo Fundo, assistia aula, meio-dia pegava o ônibus para Lagoa Vermelha e chegava lá uma da tarde, cinco horas da tarde pegava o ônibus para Passo Fundo e voltava à uma da manhã para Lagoa Vermelha, no outro dia seis horas da manhã pegava ônibus para Passo Fundo e assim sucessivamente até sexta-feira à noite quando no final da aula pegava ônibus para São Miguel do Oeste chegando no sábado de manhã. Domingo começava tudo de novo.

Aproximadamente 2.900 quilômetros semanais, todas as semanas, durante dois semestres e meu filho pequeno em São Miguel do Oeste sendo cuidado pelo pai. Nessa época fazia blusas de tricô para vender.

Formatura. Voltei para São Miguel do Oeste e descobri que não sabia coisa nenhuma. Trabalhei em um escritório que me foi emprestado e depois em um escritório de um político. Não estava satisfeita.

Desta feita com o Renato a tiracolo voltei para Lagoa Vermelha-RS trabalhar com um advogado trabalhista colega do meu pai. Aprendi muito. Um dia ele pegou um livro do Mozart Victor Russomano e disse que se eu soubesse todo aquele livro passaria no concurso para Juiz do Trabalho. Até hoje não li o livro todo. Fiquei seis meses. Dormia com o Renato no escritório da casa da minha mãe e havia ratos. Ele, pequeno, ficava muito assustado.

Passado esse período, retornei para São Miguel do Oeste e abri um escritório de advocacia. Em seguida passei em terceiro lugar no concurso para servidor do TRT. Havia duas vagas. As duas pessoas assumiram apesar de todas minhas rezas. Continuei advogando. Tempos depois fui chamada para assumir em uma cidade no litoral e uma servidora falou que com o volume de serviço que eu tinha não compensaria e não assumi.

Com a experiência adquirida na advocacia consegui ser aprovada no concurso para a magistratura quase cinco anos depois praticamente sem estudar especificamente para o concurso.

Para ver como são as coisas. Se acontecesse o que eu quis inicialmente - assumir como servidora - haveria uma grande chance de não ter o conhecimento necessário para passar no concurso. Outro ponto interessante é que todos os percalços e dificuldades foram essenciais para deslanchar na profissão.

O importante é não desistir! O importante foi persistir e jamais ficar acomodada!




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

E a mudança rendeu uma cortina burgundy

Pois é, pois é, as crianças ainda não viram e ficarão escandalizadas com a casa da luz vermelha. Não me peçam fotos, recuso terminantemente postar como ficou.

Aconteceu o seguinte: quando visitei o apartamento que aluguei deixei de perceber que o sol era da tarde. Essa semana cheguei em casa e fiquei cozinhando na sala, ou melhor, fiquei sentada na cozinha por não aguentar mais cozinhar na sala. Isso já havia acontecido no dia da mudança, mas realmente não pensei que fosse tão sério.

Hoje uma amiga chegou em casa e questionei sobre a disponibilidade de tempo de procurar uma cortina comigo. Cortina de trilho por azar e trilho colocado embaixo de um rebaixamento de gesso. Fosse de varão eu teria. Riachuelo somente tinha cortina de varão, lindas por sinal. Pernambucanas tinha cortinas lindas, também de varão e duas opções para trilho: estampado de lençol parecendo chita e uma burgundy.

Não, não vou investir em cortinas para morar três meses e depois ir para a casa nova. A cortina custava R$ 79,90 e ela mesma foi para casa. Chegando em casa começou o pesadelo para a Adriana, sim porque àquelas alturas eu já estava com a coluna destruída.

Sobe a Adriana na escada e começa a colocar a cortina no trilho. Gente! Tem coisas que deveriam ser proibidas. A cortina é tão simples, tão simples, que o item que vai sendo colocado no trilho é de plástico e o pior é que fica apertado e não deixa a cortina correr, pior também a situação que alguns vão quebrando quando são colocados.

Então, ficou um desastre!!! com pedaços caindo, além da cor horrorosa. 

Comprarei os itens em metal, costurarei na cortina e penso que ela vai ficar um pouco menos pior.

O que ocorrerá com a cortina daqui três meses? Perguntei para a Adriana quem iria gostar daquilo e ela falou que a avó dela adoraria. Pois bem, a avó dela será presenteada com uma cortina burgundy e até pedi que ela já levasse o bandô.

Mudanças, mudanças e improvisações!!! Consumo não tão consciente, mas foi o que se pode arranjar.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Herdeira da compulsão alheia

Isso acontece! Pessoas próximas compulsivas deixam sua herança e depois não sabemos o que fazer com o resultado.

Hoje estava arrumando o quarto da bagunça ou quarto preto (os móveis são pretos e a coisa estava preta). Ainda não terminei e depois posto as fotos.

Uma prateleira cheia de quadros devidamente emoldurados. Molduras já estragadas e aquelas que eram brancas estavam amarelas. Espaço ocupado. Falta de espaço no futuro. Preparação para a venda da casa e depois encontrar uma casa menor para o Renato que permanecerá em Cornélio Procópio. Preciso ter menos coisas.

Quadros e mais quadros, afora os quadros que estão na parede. O Renato falou que no apartamento em Londrina mesmo que eu coloque inclusive nos banheiros não haverá espaço suficiente e ele está coberto de razão.

Tirei da moldura aqueles que havia recebido de presente e com a pergunta persistente se haviam sido colocados em moldura, assim guardo o trabalho e ocupa menos espaço.

Fiz a doação dos quadros que pintei. Pintei? Bem, não foi isso que aconteceu! Quando tirei licença maternidade por ocasião do nascimento do Pedro resolvi fazer aulas de pintura para passar o tempo. Bebê tranquilo, mamava e dormia e eu sem trabalho. A professora praticamente não ensinava, apenas "corrigia" e nessa correção fazia a pintura sozinha, logo, não sinto que eu tenha pintado qualquer quadro.

Aliás, o único que comecei a fazer sozinha em casa levei para ela. Era uma flor e ela perguntou se era um ovo frito. Desisti da carreira de pintora, doei as tintas, cavalete, pincéis e nem vou mais tentar.

Encontrei meu vestido de noiva, usei em 1983, separei em 1992 e lá estava o vestido estendido na caixa. Ia colocar para doação, completamente amarelado. Olhei os bordados. Primeiro pensei que minha vó tinha costurado, depois lembrei que o vestido que ela fez foi para o baile de debut. Mesmo assim fiquei com dó. Chega a Izabel e coloca o vestido dizendo "vou casar com ele". Duvido muito, mas o vestido ficou.

Minha previsão é que a sessão desapego fique muito pior daqui pra frente, pois muita coisa foi embora e ainda existe muita coisa para despertar lembranças, sentimentos e a exigir muita força de vontade para ser dispensada.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Automático ou mecânico?

Ontem tivemos uma conversa "boba" aqui em casa sobre as canecas serem feitas para destros ou canhotos. Meu filho perguntou porque as canecas eram para destros, brinquei questionando se era em razão da alça e ele disse que era por causa do desenho que fica virado para a pessoa que está em frente. Enfim, conversa "boba" mesmo, rimos muito.

Depois fiquei pensando como deixamos de lado as coisas do dia a dia com as quais já estamos acostumadas, ou seja, nem analisamos mais nada, simplesmente vamos vivendo no "automático"e isso se aplica tanto às situações domésticas quanto ao trabalho e amigos. Vamos deixando a vida passar sem pensar.

É preciso exercitar a mente, passar a fazer as coisas de forma diferente, olhar como se fosse a primeira vez cada item e cada situação, procurando se possível agir de outra forma, pois talvez não estejamos usando todo nosso potencial pelo simples fato de estarmos acostumados com determinados atos.

Pensando em consumo, na sexta-feira fui ao cinema no shopping e na saída pedi que as crianças aguardassem pois eu precisava ir até uma loja comprar travessas brancas novas que combinassem com a louça nova que comprei. Entrei na loja, olhei, virei as costas e fui embora.

Ainda nem consegui separar todas minhas coisas na "casa velha" e na "casa nova" tenho travessas que podem muito bem ser usadas para servir, embora sejam transparentes. Quem disse que tudo deve ser branco? A velha idéia de consumo desnecessário e supérfluo que de uma coisa comprada leva à necessidade de milhões de outras.

Enfim e mais uma vez, é preciso ter cuidado e é preciso ter paciência para olhar todos os armários e ver o que realmente é necessário e necessário porque não temos, não necessário porque a cor é diversa.

Comprar pela cor é agir de forma automática, precisamos agir mais artesanalmente. 

Isso também se aplica ao trabalho, como eu já disse. Usar o control "c" e control "v" tornou-se uma febre imperdoável. Na minha atividade encontro petições imensas de 55 páginas, 100 páginas e isso se deve ao fato de que a pessoa leu o primeiro parágrafo, achou bonito e copia os demais "trocentos" parágrafos sem se dar ao trabalho de analisar o que está escrito e a necessidade de deixar aquilo tudo no processo.

É preciso desautomatizar, prestar atenção, economizar o tempo nosso e dos outros, priorizar o essencial!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O rapaz do mármore

Hoje apareceu o mesmo rapaz que consertou a pia do banheiro do Renato. Lembram? Quebrou a pedra e achei que somente poderia ser trocada por uma nova. Ele consertou! Ficou perfeita e combinando com os demais acabamentos em mármore do banheiro, evitando assim outros gastos.

Pois bem. Agora foi a vez da pia da cozinha, estava vazando, criando risco de terminar com a madeira do armário. Colocava silicone. Voltava a vazar. Panelas molhadas. E por aí vai. O mesmo rapaz se dispos a arrumar. Tirou a cuba, lixou, colou novamente.

Na hora do pagamento ele pediu R$ 80,00 pelo serviço. Desci com uma nota de R$ 100,00 já disposta a dar o valor integral. Ele falou que não tinha troco e perguntou se eu não tinha o valor já trocado. Falei que todo o valor era para ele, que eu muito grata por ele ter arrumado a pia do Renato e cobrado um valor justo, além de ter evitado jogar mais lixo no planeta.

Eu não esperava a reação que ele teve quando eu disse para ele ficar com a nota de R$ 100,00. Encheu os olhos de lágrimas e disse que eu salvei o orçamento dele. Gente! Somente dei R$ 20,00 a mais. Como R$ 20,00 podem salvar um orçamento? Que mundo vivemos onde R$ 20,00 para uns não é nada e para outros é a salvação? O que estamos fazendo com nosso dinheiro? Será que damos valor para tudo que temos?

Só sei que fiquei muito emocionada e falei que sempre que precisar, tanto em Cornélio (onde o Renato continuará morando) quanto em Londrina, chamarei e ele falou que para mim faria qualquer serviço... foi um caso de gratidão mútua.

Ele me contou que sonha trabalhar na bolsa de valores, atender o telefone, gritar, vender ações, mas ainda não terminou o ensino médio. Prometeu que terminaria o ensino médio, disse ter intenção de fazer um curso de logística também e eu pedi para ser informada quando da realização desses sonhos.

Gostei muito do rapaz! Espero que ele tenha forças para realizar tudo que pretende!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mudança...

Estou atrasada com as postagens e com a moderação dos comentários, mas tenham um pouco de paciência que logo pego o ritmo novamente. Aliás, nem sei como farei com a internet no novo lar, por enquanto só sei que tem tv a cabo e disso nem fazia questão por atrapalhar tudo que fazemos.

Não sei para vocês, para mim televisão é uma grande desculpa para não fazer outras coisas, atrapalha leitura, projetos e tudo mais que se possa imaginar. E o telefonema para pedir comida quando está passando um programa qualquer que queremos assistir? Ora, não bastava desligar ou deixar somente o volume para cozinhar?

O normal é que eu não assista, só que se eu começar vou até a hora de dormir e quero mudar isso também. Vou deixar meu tempo de televisão somente para um ou outro filme e não vou mais assistir "Esquadrão da Moda", programas de decoração e afins. Pura perda de tempo!

Hoje fizemos a mudança. Entre família e amigos tínhamos nove pessoas. Nove pessoas para organizar o pouco que levei. Some-se às nove mais quatro pessoas da empresa que fez o transporte. Foi divertido e foi estressante. Qualquer mudança deixa com a sensação de que não estamos aqui nem estamos lá, paree que estou no limbo. Não moro mais em Cornélio e também não me sinto morando em Londrina, não sei se alguém já teve essa sensação, se é normal e por onde começar a adaptação.

Ainda estou na fase de perguntar se tomei a decisão correta e ao mesmo tempo tenho a certeza de que deveria ter feito esse movimento.

Quanto ao consumo somente terminei por comprar o jogo de louças brancas de 20 peças. Havia dito que somente tomaria essa atitude em agosto, entretanto depois de muito pensar e ver louças bonitas nas casas onde andei, achei que seria bom ter uma mesa arrumada na nova casa. Enfim... é isso!!!

Na hora da compra havia duas placas sobre as louças R$ 139,90 e R$ 89,90. Eu queria o mais barato, mesmo porque a qualidade não alterava. Chegando no caixa pedi para a moça confirmar o preço e ela disse que aquele jogo que peguei era o mais caro. Chamei o gerente e pedi que ele trocasse pelo mais barato. Bem, o problema é que a promoção havia acabado e o responsável colocou a nova placa (com preço mais alto) e esqueceu de tirar a antiga. Código de Defesa do Consumidor neles! E levei pelo preço antigo, até acho que foi um bom negócio.

Volto assim que possível com novidades na nova casa, por enquanto não consegui nem ligar o aquecimento a gás, mas a imobiliária disse que enviaria alguém amanhã para solucionar o problema, vamos acreditar!

Estava esquecendo: meu carro não cabe na garagem. Meu "landau" ocupa toda a vaga e fica quase encostado nos carros vizinhos e tem carro dos dois lados. Isso é o meu apartamento alugado com duas vagas na garagem. Também não cabem dois carros nessas vagas de garagem porque o meu avança um tanto na segunda vaga. Não sei se rio ou se choro, porque não consigo sequer colocar na vaga, meu filho conseguiu fazer isso, mas eu não consigo de jeito algum!!! Vou tentar um estacionamento perto de casa e à noite como fica para voltar para casa? Ai, ai.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Minimalista? Eu?

Agora será a prova de fogo. Será que aguento viver em 70 metros de área útil? Como será a experiência? Aliás, será uma experiência ou uma situação para toda a vida? 

Sei que nada é definitivo, mas gostaria muito de me adaptar a um espaço pequeno. Minha tia diz que estou me preparando para a "síndrome do ninho vazio". O Renato já tem uma profissão, Izabel entrou na faculdade e Pedro está entrando na puberdade. Quanto tempo me resta de casa cheia todos os dias e o que faria eu em uma casa imensa vazia?

Alguém já passou pela situação de sair de um lugar imenso e ir para um lugar pequeno apenas com poucos itens escolhidos? 

Alguém já passou pela situação de permancer em um lugar imenso quando todos os filhos já seguiram o caminho por eles traçado?

Estou precisando ouvir, mais ouvir do que escrever, pois o momento atual é de pura ansiedade e gostaria de saber como outras pessoas passaram por isso.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Placa de carro...

Uma placa de carro. Amarela com bordas pretas. Muito antiga. SU 0150. Há mais de vinte anos guardada e sem qualquer utilidade.

Tirei. Descartei. Busquei. Guardei novamente e hoje finalmente consegui descartar.

A Emília ainda veio confirmar se era realmente para colocar no lixo. Confirmei, mas antes voltei a pensar em guardar. Resisti e foi para o lixo.

Como pode uma coisa tão simples ser tão complicada emocionalmente. O que eu faria com essa placa? Nada. Para que ela servia? Para nada. E mesmo assim continuo pensando nela indo embora.

Imaginem quanta coisa ainda está guardada esperando uma atitude!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pia do banheiro...

Antes de viajar liguei para cinco marmorarias, ninguém apareceu para fazer orçamento para colocar uma nova pia no banheiro do Renato que simplesmente apareceu com o mármore trincado e depois simplesmente caiu derrubando a cuba. Mistérios do desgaste natural das coisas.

O seu Basílio, meu marido de aluguel, conseguiu arrastar um rapaz da marmoria. Referido rapaz sequer deu orçamento e disse que ligaria depois. Conversamos e ele, sabendo quem eu era, fez algumas observações quanto ao trabalho que ele desenvolvia e alguns problemas que teve na Justiça do Trabalho. Ali fiquei sabendo que eu não teria o orçamento da pia nova e realmente não tive.

Quando cheguei de viagem olhei a pia e estava inteirinha, igual à pia anterior. Pensei que o rapaz que o seu Basílio havia conseguido alguém para fazer uma pia exatamente igual. Ficou ótima, foi a única constatação possível. Até o mármore era igual e isso era uma grande vantagem, pois os demais acabamentos do banheiro são do mesmo mármore.

Somente à tarde fui descobrir que era a mesma pia. O profissional procurado sugeriu que o mármore fosse colado e depois polido, explicando que é assim que trabalham e nem a emenda aparece. Como prêmio ainda tive que pagar um valor bem menor do que pagaria por uma pia nova.

Como é difícil conseguir alguém para fazer pequenos reparos e como fiquei feliz com esse profissional que evitou jogar mais lixo no planeta, consertando a pia estragada e permitindo que eu economizasse.

Parabéns para ele!!! E para o seu Basílio, sempre tão prestativo e resolvendo todos os problemas domésticos que escapam da minha capacidade de solução.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cheguei em casa ou quase...

Voltei para casa hoje. Achei estranho a chave do quarto de brinquedos (antiga garagem para moto e não tenho moto) na fechadura e do lado de fora. Verifiquei se alguém tinha entrado ou levado algo e estava tudo normal.

Entrei na casa. Cheiro estranho. Liguei para a Emília e descobri que a casa havia sido dedetizada justo no dia do meu retorno. Solução? Hotel, mesmo porque o Pedro estava com alergia e eu não quis arriscar piorar a situação.

Muito engraçadas as coisas que acontecem ou estranhas, para dizer o mínimo.

Quando cheguei em Cornélio Procópio em 1999 fiquei hospedada no hotel durante trinta dias e agora há poucos dias de ir embora em definitivo voltei a dormir em tal hotel. Como o tempo passa e as coisas envelhecem, as pessoas também. O hotel me pareceu tão antigo, desatualizado e sem graça, bem diferente da primeira vez quando achei ótimo.

Na mesma época minha sala no local de trabalho era sem banheiro e com uma vista linda para algumas árvores, com uma janela bem onde eu trabalhava. Depois passei para outra sala imensa, com banheiro privativo e sem aquela vista ótima, entretanto em tese era uma sala melhor. Pouco antes de sair o resultado da remoção para Londrina voltei para a antiga sala, quando entrei tive uma sensação esquisita, senti vontade de chorar, mas nenhuma vontade de trabalhar naquele local, meu tempo havia esgotado, penso que aí realmente percebi essa realidade.

Todas essas coincidências me fazem acreditar no acerto da escolha da troca de cidade e de local de trabalho. É preciso fechar esse ciclo. Segunda-feira já estarei trabalhando no novo local, quarta-feira a mudança será feita e espero que tudo mude para melhor ou pelo menos mude, simplesmente mude.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Consumo e futilidade...

Constatei que em determinado grupo as pessoas costumam comprar nas mesmas lojas e talvez até viajem para os mesmos locais onde compram os produtos importados. Não é possível tanta coincidência quanto aos modelos de bolsas, principalmente aquelas de grife.

E quem disse que para ser aceita é preciso usar o mesmo modelo? As fashionistas de plantão, por exemplo, até exigem isso, pois sequer se aproximam de quem é diferente ou com quem não possam conversar sobre essas futilidades.

Olha a capinha do meu celular! Nossa, eu tenho uma igual! Meu celular não tem capinha, além de ser o primeiro modelo de iphone, considerando que funciona muito bem e atende até outras necessidades além de ligar e atender ligações, ele até tira fotografias, serve de despertador e é utilizados para algumas anotações. Logo, não posso participar desse assunto das capinhas e desenhos maravilhosos (?) que elas possuem.

E os sapatos? Rendem ótimas divagações.

Minha filha fala que sou antisocial, mas prefiro ficar sozinha e não gosto de participar dessa conversa de consumo, aliás, acho uma perda de tempo.

Será que preciso ir embora para um templo budista ou outro local de meditação? E lá seria silêncio? Onde encontro pessoas para conversas efetivamente gratificantes?

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Educacao financeira crianças

Impressionante como somos espelhos para nossos filhos.

Passei a tomar apenas água, raramente suco e nunca refrigerante. Certo, isso está acontecendo há aproximadamente dez dias ou menos. Verifico espantada o quanto meus filhos estão evitando refrigerantes. Não, não deixaram de tomar e eu não exigiria isso, porque penso que toda decisão deve ser pessoal e bem pensada, mas diminuíram em muito o consumo.

Izabel já não tomava refrigerantes e foi um exemplo a ser seguido. Pedro diminuiu bastante e ressalto seguidamente os malefícios que andei lendo por aí sobre o consumo desses líquidos. Renato, viciado em coca-cola, já consome bem menos.

Está certo, nem sei se conseguirei manter, só sei que é uma nova tentativa para eliminar um dos itens prejudiciais à saúde.

Qual a relação desse fato com educação financeira? Bem, não podemos exigir que nossos filhos poupem a mesada, deixem de exigir cada novo produto lançado no mercado, queiram a todo custo aquele tênis igual ao do colega, se gastamos desenfreadamente adquirindo essas mesmas novidades e dessa feita em relação àquelas feitas para adultos. É preciso que nós, adultos, pensemos nos exemplos que estamos dando para as crianças.

Adultos? Penso que o mercado é direcionado para o consumo infantil e continua assim quando crescemos e não amadurecemos, somente muda o tamanho do brinquedo. Ao invés de querermos o carrinhos de controle remoto, desejamos um novo e potente carro. A caixa de cor cede lugar à palheta de cores de sombras e batons. A casinha de boneca é trocada por uma linda casa devidamente decorada com as últimas tendências.

É preciso amadurecer, deixar de brincar com a vida e ensinar aos nossos filhos uma forma consciente de consumo que com o tempo os torne adultos seguros e felizes. Uma forma de sobrevivência nesses mundo hostil que não precise de muletas tecnológicas ou mesmo de itens para ser aceito socialmente.

Se você vive endividado e age de forma irresponsável com o dinheiro é possível que seus filhos venham a se tornar adultos iguais a você. Uma pessoa endividada com certeza não consegue se organizar sequer para dar uma mesada para os filhos e se a instituí não controla como o dinheiro é gasto e termina por incentivar o consumo dando valores antes da data estipulada além da mesada.

Outra situação muito comum é vermos crianças fazendo "birra" em loja e para não passar vergonha ou mesmo por pena os pais cedem e a criança acostuma e torna-se um círcula vicioso. Nesse passo os pais estão criados filhos com dificuldades em aguardar a época própria, filhos que farão empréstimo bancário para realizar um "sonho" que muitas vezes não passa de "mero capricho".

É preciso aprender a lidar com frustações, com impossibilidades, com o tempo, com a necessidade de espera que algumas escolhas nos exigem, com o planejamento necessário para alcançar algo que seja realmente um sonho a ser realizado. Aliás, muitas vezes esse tempo que pode parecer longo demais é muito prazeroso, pois quando chega o momento da realização ou da aquisição daquilo que foi esperado o sabor é por demais doce e gratificante.

Tudo que vem fácil não tem valor. Quantas pessoas ganham fortunas na loteria ou mesmo em decorrência de uma herança e pouco tempo depois estão na mesma situação difícil anterior. Tudo que demanda esforço e trabalho tem um maior peso em nossa vida e é cuidado com mais carinho.

Com meus filhos mais velhos eu ainda tinha pouco conhecimento sobre consumo consciente e talvez até não fosse um bom exemplo. O tempo, cura de todos os males, terminou por me levar a trilhar caminhos diferentes e exigir deles formas diferentes de lidar com o dinheiro, confesso que o resultado tem sido ótimo.

Renato já tem um apartamento, como já contei por aqui e Pedro divide a mesada em quatro partes (30% poupança longe - diz que comprará um Ferrari, 30% poupança perto - para comprar alguma coisa um pouco mais cara como um brinquedo, 30% para o que quiser - aqui se incluem lanches ou passeios, 10% para caridade - sempre vai para alguma campanha de cobertor, ovos de Páscoa ou cesta básica).

O interessante em relação ao Pedro é que mesmo valores ganham de aniversário tem essa divisão da mesada, algo que acredito ele já tenha interiorizado.

Izabel, que não morou comigo por nove anos, já tem seus parâmetros e diz que pretende controlar as contas e já está fazendo isso. Vive com a mesada e quando pede algum empréstimo sempre se arrepende depois, pois quando vai fazer a devolução diminui o valor do mês seguinte. Hoje mesmo prometeu não pedir mais empréstimos e certamente vai cumprir.

Quanto à mesada é necessário que haja um contrapartida da criança, caso contrário pode pensar que "dinheiro nasce em árvore". É preciso estabelecer alguma tarefa doméstica e exigir que ela seja feita.

Outro ponto a ser observado, sendo necessário chamar a atenção e não estimular, é a necessidade da criança de ter as mesmas coisas que seu "melhor amigo" ou outra criança com quem conviva. Existem pais que não dão limite e isso pode ser um péssimo exemplo para seu filho. É preciso conversar sobre a desnecessidade de certos itens para crianças e mesmo sobre a dificuldade que a família pode estar enfrentando que não permite a aquisição.

Tudo se resume ao exemplo dado pelos pais, aos limites impostos às crianças, à forma como explicamos as questões financeiras.

Faço questão que meus filhos vejam quando fecho minhas planilhas mensais e dou explicações conforme me é perguntado, isso para não ficar enchendo a paciência deles, entretanto, não deixo de comentar sobre uma aquisição feita ou a falta dela, expondo todos os motivos que me levaram a agir de uma forma ou de outra.

Acreditem, tenho colhido bons frutos nesse terreno!!!


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Minhas coisas...

Passeando pela casa - realmente é um passeio - o que vejo? Além da construção encontro espaços para armazenamento (armários), espaços livres, móveis, enfeites e outros objetos, eletrônicos e eletrodomésticos.

Observo gostar mais dos ambientes com menos itens. Aquela parede com único espelho e dois vasos no canto. Copa auxiliar com armários fechados que não deixam mostrar o conteúdo. Fico incomodada com dois móveis pequenos na sala de tv que aparentemente poderiam ser retirados, mas não sei o que fazer com o conteúdo. Diversas cadeiras de diferentes formatos na sala de visita em relação às quais não consigo tomar qualquer atitude de destralhe. E escreveria o dia todo sobre cantos e lugares a modificar.

Tento estabelecer prioridades, destralhar, mas estou no início do processo e o desapego em relação à alguns itens ainda é bastante doloroso e não me permito seguir adiante, no particular. As cadeiras! Amo minhas cadeiras! Ocupam um espaço que é amplo, não causam poluição visual, embora sejam muitas cadeiras/poltronas e não representem algo muito útil, pois não recebo tantas visitas assim. Por enquanto ficarão na sala.

Uma sugestão pra mim mesma? Sei que preciso desapegar de itens que jamais imaginei me desfazer, isso porque meu espaço para morar, por opção própria, será cada vez menor.

Um guia? Manter coisas úteis, descartar as que são apenas bonitas e que ocupam espaço, destralhar todas as coisas guardadas por simples apego emocional (talvez fotos ocupem menos espaço do que os objetos ou papéis).

Considerando ser um processo tenho a convicção e até um certo conformismo no sentido de que levará um tempo, longo ou não, sempre dependendo do meu amadurecimento e do comprometimento que eu tiver com a mudança.




domingo, 6 de janeiro de 2013

Idéias para se tornar minimalista

Em algum blog por aí li sobre uma pessoa que foi adquirindo conhecimentos sobre minimalismo, embora inicialmente interessada em organização e os famosos organizadores vendidos até em lojinhas de R$ 1,99. Impressionou o relato sobre o caminho percorrido: estudo sobre organização - estudo sobre minimalismo - destralhe - organização do pouco que sobrou - resultado foi uma vida melhor.

Isso demonstra a importância do destralhe, situação que falamos por aqui seguidamente. Livrar-se de tudo que não seja usado diariamente, de tudo que não é absolutamente necessário, de tudo que apenas ocupa espaço físico. Nesse processo iniciamos também um destralhe dos pensamentos nocivos, um afastamento das pessoas perniciosas, um encontro com atividades diferentes. Enfim, começamos a percorrer um caminho que leva à melhor qualidade de vida.

Todo aquela energia gasta com "organização", limpeza, compras, pensamentos consumistas, passa a ser direcionada para atividades que realmente valem à pena: melhor convivência em família, atividades que podem ser realizadas junto com marido/filhos, contato maior com amigos, leitura, filmes, atividades ao ar livre e por aí vai uma lista infindável de coisas que terminam por passar despercebidas quando dedicamos muito tempo aos passeios ao shopping ou à manutenção doméstica daquele número infinito de coisas desnecessárias que adquirimos diariamente.

Caminhando é que se faz o caminho, como já dizia um poeta que não recordo o nome. Nesse caminhar percebemos a quantidade de lixo virtual recebemos diariamente em nossas caixas de e-mail, redes sociais e propagandas. O tempo que perdemos em frente à televisão ou totalmente embriagadas com joguinhos virtuais. Assim, torna-se natural ir eliminando mensagens de marketing, televisão e idas constantes ao shopping e lojas.

Essas férias serviram de alerta quanto ao fato de que precisamos sempre vigiar e mesmo evitar o contato com "templos de consumo" - e quem disse que templo tem somente o significado de sagrado. Shoppings são templos não necessariamente bons e que terminam por levar os desavisados a adquirir mais e mais itens desnecessários pela magia da exposição.

Vejo também nessa estrada algumas pessoas que aderiram ao minimalismo sentirem um certo afastamento de outras que discordam dessa idéia e inclusive entendem ser absurdo conter o consumo e viver com o mínimo. Já tive muitas críticas e, embora nenhuma delas tenha me afastado do que decidi, em certas ocasiões questionei muito essa nova forma de vida.

Então é preciso persistência, deixar de ouvir os outros, seguir o que é importante para você.

Qual a medida do minimalismo? Certamente não há. Cada qual tem seu próprio limite e suas próprias necessidades essenciais. O que fizer bem para você, que não deixe sentimento de culpa, que te faça sentir livre e feliz, esse é o limite, entretanto, é preciso começar a mudar para tirar lá do fundo, bem do fundo, o que é realmente essencial.

Nesse mundo de consumo estamos tão acostumados ao excesso que demora algum tempo para descobrir o essencial, o necessário e separar tudo aquilo que está à volta e já não condiz com o momento atual.

Tente!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Compras... e porque as pessoas ficam endividadas

A maioria das pessoas, e me incluo nessa massa embora com menor intensidade e menor frequencia, se deixa emocionar por demonstrações, promoções, ofertas imperdíveis, último item disponível, produto indispensável e por aí vai.

Deveria existir um antídoto para o consumo desenfreado, tipo uma injeção que após aplicada nos tornasse imune a tudo aquilo que não é essencial para nossa sobrevivência.

Enquanto não desenvolvida essa vacina o jeito é vigiar. Sim, vigiar nossos próprios passos, anseios e desejos. Além de vigiar é necessário ter autocontrole, sabendo que existe uma distância imensa entre necessidade e desejo.

Talvez deixar de realizar alguns desejos seja um pouco doloroso no início, mas a longo prazo pode ser um grande benefício e abrir caminho para uma vida melhor e mais significativa.

Outro aspecto que também emociona as pessoas são as famigeradas parcelas.

Minha irmã estava comentando sobre a maravilha de uma máquina que deixa os alimentos com a mesma textura e sabor de frituras sem utilizar uma única gota de óleo. Fiquei muito interessada. Adoro uma fritura, embora evite consumir pelos conhecidos malefícios. Perguntei quanto custava e ela mencionou algo em torno de R$ 1.000,00. Falei que era muito caro e ela rapidamente lembrou que poderia ser comprada em dez ou doze parcelas.

O problema não é a parcela! O problema é o valor total do aparelho. Não sei realmente se vale a pena o investimento. Penso e vou tentar utilizar o forno para ver o resultado. Tenho um fogão velhinho que é um espetáculo quando o assunto é forno. O novo já não é tão bom, mas esse mais velhinho faz coisas que até eu duvido que poderiam ficar daquela forma.

Bem, se não funcionar, quem sabe um dia eu tente a máquina mencionada. Alguém que está por aqui já usou? É essa maravilha toda?

Voltando às parcelas, sempre é possível economizar e ao ter todo o valor do produto verificar se precisamos mesmo e se queremos de verdade aquele produto ou preferimos investir o valor em outro item ou até em alguma experiência.

Esse controle para deixar de comprar pode abrir caminho para outras experiências, talvez nos faça deixar a preocupação com o que as pessoas tem, com as exigências sociais e nos faça descobrir sentimentos verdadeiros e reais prazeres por vezes ofuscados pelo consumo e com a preocupação por consumir.

Depois de um determinado poderemos distinguir quase que perfeitamente  (perfeição não existe!)o que é necessário consumir, sempre antes consultando nossas anotações de despesas e receitas e somente comprando o que não nos trouxer prejuízo financeiro.

Nada adianta uma pessoa gastar desenfreadamente em coisas supérfluas, para desfilar como um pavão perante as outras pessoas, se seu olhar demonstra que não está feliz, que está preocupada, que está ansiosa, que está lutando bravamente ou nem tanto para saldar as dívidas que contraiu.

Não fique endividado! Não consuma mais do que cabe no seu orçamento! Não desfile com o que não pode pagar! Não pavoneie com bens que são mais do banco do que seus! Controle-se!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Como começar...

Como começar qualquer coisa é fácil, o difícil é manter.

Estou praticando, ou tentando praticar, o consumo consciente há quase dois anos e ainda me pego caindo em "contos" como aquele do kit para as unhas. Pode até ser um bom produto, mas não faço as unhas em casa, nem tenho essa capacidade. Então, para que lixas, óleos e cremes para essa finalidade? Ainda bem que Izabel gostou e está usando. Se eu fosse sozinha certamente era mais kit fadado a expirar a data de validade.

Tendo permanecido um ano sem comprar absolutamente nada de desnecessário e supérfluo eu já estava me sentindo a super poderosa do consumo. Hoje consigo ver que não é bem assim! É necessária vigilância constante, pois na menor oportunidade e com as desculpas mais estapafúrdias a pessoa volta a consumir uma coisa ou outra e quando vê está gastando como se não houvesse amanhã.

Ainda estou bastante controlada, mas não posso facilitar.

Já vi tantos pequenos projetos meus fracassarem. Caminhar me faz muito bem. Então, porque não mantenho a caminhada como uma obrigação diária? Ah, tá. Quando chegar em Londrina vou caminhar. Vai sonhando. Para caminhar é preciso caminhar e não ficar pensando em como é bom caminhar.

É preciso encontrar meios e o pior é que eles estão bem debaixo do nosso nariz: persistência, boa vontade, sair da zona de conforto até que o novo hábito fique enraizado e cuidar para que não voltemos a agir como antes.

Isso se aplica também ao dinheiro, não deixe para amanhã a economia que você pode fazer hoje. De repente pode parecer um valor pequeno ou até insignificante, mas lembre-se de grão em grão a galinha enche o papo e cada centavo gasto em coisas supérfluas ou desnecessárias é dinheiro colocado no lixo. Comece hoje, não deixe para segunda-feira ou para o início do ano ou para quando as férias começarem. Mude seu comportamento finaneiro em prol de melhor qualidade de vida.

Já falei por aqui, quem está preocupado com dívidas, juros, cobranças bancárias, certamente não conseguirá ser feliz, deixará de ter relacionamentos gratificantes, pois estará sempre se queixando, pensando no passado, fazendo conjecturas quanto ao futuro e desprezando o presente.

Quando se trata de mudanças que queremos e nos fazem bem é importante não relaxar, manter o foco, não esquecer o objetivo, envidar esforços para incorporar o novo comportamento em nossa vida.

Você tem muitos projetos que não se firmaram? Qual a razão?

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

R$ 164,00 ou R$ 474,00????

Esse era o dilema para sair da casa da minha irmã e vir para Florianópolis. Ônibus com trajeto feito em seis horas. Avião somente uma hora, mas teria que contar a hora antecipada para chegada no aeroporto e mais a espera das bagagens. O valor também me fez pensar.

Somente eu e Pedro. Ele é ótima companhia e conta histórias, descobertas e coisas aprendidas na escola, ou apostila como ele diz, o tempo todo.

Certo, vamos de ônibus.

Tudo corria muito bem. Dorme. Acorda. Almoça comida de verdade. Não optamos por lanche. Um pacote de mandolate. Quase um litro de água. Suco de uva. Muita, muita conversa.

De repente, não mais que de repente, congestionamento. O motorista procurando atalhos e nada resolvendo. Duas horas de atraso e finalmente chegamos ao destino.

O Pedro não reclamou, aliás quase não reclama de nada. Aproveitou a viagem. Abraços, beijos e muito carinho. Não importa o lugar, não é mesmo?

Fiquei pensando se valeu a pena a economia e concluí que sim. Ora, estou em férias, sozinha com o pequeno, conseguimos colocar a conversa em dia, não tínhamos horário marcado para chegar, não havia pressa.

A rota do sol é linda e fiquei perdida olhando a paisagem, até parecia que estava fazendo aquela viagem para o Peru o ano passado quando fui para outra dimensão e ainda não sei se já voltei.

É preciso desacelerar. Mudar o ritmo. Deixar as coisas acontecerem. Aproveitar cada minuto. Relaxar. E para que tudo isso aconteça é preciso se entregar. Sem estresse. Sem agitação. Sem compromisso. Fazendo coisas diferentes.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Companhia e compras...

E hoje estávamos sozinhas, ou seja, minha irmã, eu e Pedro. O restante da família foi cada um para um canto. Sugerido almoço no shopping. Pedro precisava de um pijama e eu de um vestido.

Passamos em uma lojinha dessas de meio de corredor e a moça nos chamou para demonstrar produtos do Mar Morto. Depois rimos muito, mas na hora ficamos hipnotizados, inclusive o Pedro que é o mais forte e mais consciente em relação ao consumo.

A moça puxou uma lixa com três lados e passou na unha da minha irmã. Ela ficou extasidada com o resultado. Vendedora ainda não satisfeita, tirou um vidro com sal e passou nas nossas mãos pedindo que fizéssemos esfoliação, depois uma manteiga com apenas 6% de água (informação armazenada pelo Pedro). Mãos maravilhosas e unhas brilhosas.

Resistimos bravamente até que ela começou a falar na promoção. Leva dois produtos e o terceiro é de graça. Até o Pedro acreditou. Minha irmã maluca com os produtos para mãos. Resolvi dar de presente para ela, afinal realmente não comprei presente de Natal para ninguém, exceto para o amigo secreto. Terminei por comprar um para mim e lá veio a manteiga como brinde. Será?

E aí está o maior perigo do consumo: sair em bando para o shopping. Sozinha eu não teria nem parado para ver a demonstração, nem comprado absolutamente nada. Enfim, escorregões acontecem e persistiram pelo resto do dia.

Um vestido, uma camiseta, uma camisa branca (que há muito eu procurava) e duas blusinhas para trabalhar. Na realidade esse ano e tanto sem compras, somado ao destralhe, estavam me dando a sensação de necessidade de coisas novas e assim foi. Havia um limite estabelecido mentalmente e ele não foi ultrapassado, entretanto e mais uma vez: se eu estivesse sozinha teria sido muito diferente e as compras bem menores!

É preciso muito cuidado ao sair acompanhada para compras e decidi que qualquer outra peça somente será comprada, se necessário, em março desse ano para dar um tempo no consumo. É preciso vigiar sempre e vigiar muito.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Planos para 2013?

Normalmente quando inicia um ano faço uma lista de tudo que pretendo. Coisas bobas. Uma maçã por dia. Um iogurte toda manhã. Comprar alguma coisa. Ler com determinada frequência. Viajar para algum lugar.

Esquisito como algumas coisas que não dependem de mim acontecem. Outras sequer passam perto. Outras esqueço completamente. Aquelas que demandam esforço individual são as mais difíceis. Nunca como a maçã nem tomo o iogurte.

Certa vez escrevi que queria fazer uma viagem para Buenos Aires. Bobagem, mas coloquei na lista em janeiro. Em dezembro, não sei porque cargas d'água, terminei por ganhar a dita viagem e não foi tão presente assim, considerando que precisei pagar a diferença porque queria ficar em quarto individual e não dividí-lo com alguma colega.

E nesse ano de 2013, quais são os planos?

Certamente estou na vantagem. Meu filho menor ficou enchendo a paciência desde 2009 que eu não conheceria o apartamento que comprei na planta. Ficaria pronto em 2013 e o mundo terminaria em 21 de dezembro de 2012. O mundo não acabou e eu aqui estou, prontinha para conhecer o local!

Uma das metas é terminar o pagamento. Mobiliar. Pensar em iluminação, chuveiros, gesso, cortinas. Enfim, tudo que precisa uma casa nova. A questão é o minimalismo. Como ser minimalista? Como viver de forma minimalista? Como conter os anseios de muitos detalhes lindos em uma decoração com esse fogo todo que estou para deixar o apartamento lindo?

Pretendo fazer uma viagem com as crianças. Elas querem Disney. Eu queria Paris ou Cartagena, duas coisas bem diferentes. Sonhar não paga imposto e espero ter valores disponíveis para essa viagem, minha dúvida reside no fato de que todos conhecem as despesas geradas para deixar um apartamento habitável, somado à realidade de que ainda não está quitado e quero fugir de financiamento.

É, sonhar não paga imposto!

Espero me adaptar perfeitamente à nova cidade que vou morar. Estou meio perdida. Primeira vez que viajo e não fico contando os dias para voltar para casa, quem sabe esse sentimento é gerado pela sensação de não ter para onde voltar, de não ter mais casa.

Quero muito conseguir dar força ao Pedro para que se adapte ao novo local, faça novas amizades e tenha novas experiências.

A Izabel já não tem problema algum com novas amizades/locais e nesse caso meu desejo é apenas de que consiga um estágio, além de ter forças para fazer a faculdade e ainda trabalhar em meio período. 

Renato ficará sozinho em Cornélio, mas não me preocupo muito, pois tem uma capacidade de organização ímpar.

Em resumo, somente quero que meus filhos sejam felizes e que eu tenha a mesma capacidade de adaptação à nova realidade.

Continuar cuidando da alimentação. Permanecer controlando o consumo. Manter a organização e agora por necessidade, pois em 70 metros quadrados qualquer bagunça será o caos.

A preocupação fica por conta das roupas que precisam ser lavadas e da alimentação. Não quero mais ter empregada. Passei alguns dias na casa da minha irmã e ela já vive assim. Senti um pouco de pânico com ela trabalhando o dia todo, catando roupas, fazendo comida, lavando louça, limpando fogão e geladeira, varrendo a casa e todas as demais atividades que envolvem a vida doméstica. Espero ter a mesma capacidade.

Parei de tomar refrigerante. Não está sendo fácil. Estou resistindo bravamente e o que observei é que estou tomando muito mais água do que tomava antes. Quanto tempo isso vai durar? Sei lá, não quero fixar prazos, pois alguns projetos já foram para o brejo...

Minha lista de desejos desse ano, exceto os itens acima citados, não colocarei por aqui, mas darei informações se conseguir concluir alguma outra coisa que eu tenha anotado.

Enfim, desejo um maravilhoso 2013 para mim, para minha família e para todos vocês que passam por aqui!