terça-feira, 17 de março de 2015

Impressões sobre a tentativa de yoga...

Pois é... hoje foi o dia de tentar aula de yoga...

Impressões da minha filha de vinte anos:

- Maravilhoso, eu adorei e quero fazer duas vezes por semana.

A menina acompanhou toda a aula, virou do avesso, torceu para cá, torceu para lá e estava encantada com a aula.

Impressões de uma pessoa de cinquenta anos com sérios problemas na coluna inteira:

Fiz yoga em Cornélio por mais de ano e saía de lá revitalizada. Quando fazia durante o dia e voltava a trabalhar minha produtividade aumentava imensamente. Jamais senti qualquer dor e sempre conseguia relaxamento de 100%. Começava sem conseguir encostar a mão no chão e depois de pouco tempo... a palma toda no chão. Era simplesmente maravilhoso.

Hoje cheguei no local e a professora pediu para esperar a aula que já começou atrasada. Havia uma moça esperando para fazer muito engraçada. Conversava mais que o homem da cobra e foi muito agradável.

Começou a aula e já vi que naquele local o "buraco era mais embaixo". Pessoas se torcendo para lá e para cá. Posições bastante demoradas e a instrução era que se sentisse onde estava o corpo reclamando.

Lá pelas tantas sentei e a professora trouxe um apoio para que eu deitasse metade das costas. Fiquei um pouquinho e já senti a hérnia torácica. Levantei e ela veio de novo dizer que eu deveria ficar naquela posição e "conversar" com a dor.

O desespero tomou conta. Fiquei muito ansiosa. A vontade de chorar veio forte. As pessoas dobravam o corpo inteirinho colocando as pernas para lá da cabeça e outras posições bem complicadas.

Ainda não havia terminado a aula, levantei, fui até o banheiro e troquei a roupa. A professora pediu que eu deitasse de roupa mesmo e aproveitasse a meditação do final. Obedeci.

Quando terminou a aula ficamos para conversar com ela. Falei que aquilo não era para mim, que tinha tal e tal problema. Ela ponderou que outras pessoas tinham problemas piores e faziam todos os movimento e que a yoga não era para mim, tudo em um tom que não gostei.

Ela mencionou que eu deveria fazer outra coisa, fisioterapia, pilates, mas não yoga.

Fiquei olhando em silêncio e depois disse que talvez ela tivesse razão, mas que fiz yoga tanto tempo e me fazia muito bem.

Ela retrucou que não fiz yoga, que poderia ter feito um arremedo de yoga, que yoga era aquela que ela ensinava e que aprendeu na Índia. Terminou por dizer que yoga não era para o corpo, sendo o corpo apenas um veículo e somente se eu me "entregasse" e esvaziasse a mente é que conseguiria fazer. 

Mencionei que nas outras aulas, em Cornélio, no inicio não conseguia fazer muita coisa e que depois de algum tempo conseguia, entretanto as posições eram bem mais tranquilas do que as da aula na escola dela.

Percebi a pessoa meio irritada conversando comigo... isso até ela perguntar com o que eu trabalhava... ocasião em que adotou um tom mais tranquilo e no final da conversa pediu desculpas por alguma coisa que tivesse dito.

Observem que essas impressões são de uma pessoa que saiu de lá bastante frustrada... e agora vou procurar outra atividade física... com certeza... e dessa vez não apenas com a concordância do fisioterapeuta, mas também com indicação dele... minha coluna está doendo pra caramba e dei mal jeito no braço... rs... Só por Deus!

4 comentários:

  1. Não procure outra atividade, procure outra professora de yoga!

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  2. Eu se fosse tu, e de fato gostasse de ioga, ia, como falaram acima, tentar outra professora antes de "desistir".

    Particularmente não me interesso pelo ioga, já fiz no videogame wii uma vez e foi um horror levantar da cama no dia seguinte. Há tempos atrás, quando tinha a idade da tua filha por ai, eu fiz uma aula de alongamento num sábado de manhã. Minha prima fazia e me encheu o saco pra ir junto e fazer uma aula grátis pra ver se eu gostava e fazer também. Na aula era só senhoras, o professor que era um senhor, minha prima e eu. Mas como eu sofri, as senhoras faziam aqueles estica e puxa lá e eu nunca mais apareci.

    Achei meio estranho já na primeira aula pegar tão pesado, ainda mais se tu estava com dor. Se me fosse dito para conversar com a dor eu ia dizer que ela me atordoava de tanto falar e ia parar evidentemente, mesmo sem ter qualquer conhecimento médico, imagino que se dói é para parar, ir no ritmo, não querer sair dali para as olimpiadas por exemplo.

    Eu quando tinha uns 16/17 anos fazia capoeira e tudo ia muito bem até que começou a parte de "plantar bananeira" , encostando na parede tudo bem, ia , mas depois o professor queria que fizesse sem encostar na parede, parei de ir. A mesma coisa com a natação que fazia poucos anos atrás, saia do escritório, podia fazer calor ou frio de congelar, sempre ia nos dias que tinha. Pegava trânsito, nada incomodava, mas dai o instrutor resolveu que tinha que fazer com menos braçadas no ir e voltar e contar umas toneladas de vezes , eu retrucava dizendo que não ia para as olimpiadas e ele dizia que tudo bem, que podia fazer meu ritmo, dai depois voltava "agora tenta com menos" e mostrava, ele só no impulso já ia quase no final da piscina, dai comecei a largar quando estava muito frio, depois não ia pegar um baita congestionamento, depois inventava de ir no mercado ao invés de nadar, enfim, larguei. Cada pessoa é diferente, tem um ritmo diferente, mas se vamos querer continuar ou não, se gostamos ou não, se a atividade é ou não pra gente, isso ninguém além de nós próprios que pode dizer.

    Eu tive um colega da faculdade que no 3 semestre um professor disse que ele devia ter feito outro curso e não direito, que devia ter feito talvez letras. O guri ficou muito ofendido, quis largar, numa prova de uma matéria muito chata que o professor era um vizinho meu, daqueles que fazia a prova batida a maquina ainda, ele pegou a prova e todo mundo meio apavorado, o guri se levantou com a prova, rasgou, jogou no lixo e foi embora. Jamais ele teria uma atitude assim, era sempre muito educado, mas o que o outro professor tinha dito estava martelando na cabeça. Por sorte não largou e exerce a atividade.

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  3. Então Ziula eu acho que seria bom procurar outra professora de yoga. Se você fez no passado e se sentia bem, acho que poderia dar uma nova chance ao yoga. Eu faço a muitos anos, já passei por vários professores, e cada um foi uma história. Até eu encontrar professores que fazem um trabalho voluntário cujo objetivo é levar bem estar às pessoas. Eles são incríveis, as aulas são ótimas e existe um respeito muito grande por cada um que está ali. A filosofia do yoga é sensacional. E o respeito pelo tempo de cada um é item básico. Não deixe que alguém de fora venha e diga o que pode ou é capaz de fazer. Amo o yoga, ele traz bem estar físico, emocional, mental e espiritual. Recomendo fortemente que tente mais um pouco! Talvez com outra professora, outra escola. Enfim, não desista! Te desejo um lindo encontro, melhoras e beijos

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  4. Yoga é para todos. Se as posições difíceis foram muito incômodas, você poderia começar com as posições fáceis, apenas. Não é para estressar e doer, yoga é pra fazer você se sentir bem!
    Como todos disseram aí, procure outra professora!

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