sexta-feira, 26 de junho de 2015

Nossa própria finitude...

Essa semana uma pessoa que se tornou próximo perdeu um ente querido...

Queria muito estar presente para tentar consolar. Ok! Sei que não há consolo, mas talvez a presença possa fazer alguma diferente.

Parei o carro em frente ao local do velório e somente senti duas pernas totalmente paralisadas. Liguei o carro novamente e fui embora. Já havia tido um dia de enxaqueca após receber a notícia.

Hoje encontrei com a pessoa que lá estava trabalhando para manter a cabeça ocupada.

Não me é dado o dom de consolar as pessoas. Sofro junto. Minhas lembranças afloram e lá vou contando histórias de como era engraçada minha bisavó, iluminado meu avô, talentosa minha vó, elegante e equilibrada minha outra avó. Todas pessoas que já não estão nesse plano físico.

Também ouvi de como era importante esse ente querido para a pessoa e as lembranças que ora faziam rir e ora chorar... situação que sempre acontece nesses momentos tormentosos.

Fiquei pensando na minha própria finitude e na importância que damos para as pessoas em nossa vida. Também veio à mente a forma como certas pessoas se relacionam com bens materiais e aquelas para quem eles são importantes perdem uma vida correndo atrás de adquirir aquilo que não lhe trará qualquer lembrança reconfortante quando acabar.

Perder tempo com o que não é essencial é perder aquilo que realmente importa na existência: relacionamentos e experiências.

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